CAMPO GRANDE (MS),

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    27/09/2013

    Romário vira o novo cacique do PSB no Rio e recebe críticas de Alexandre Cardoso

    Romário e Eduardo Campos: Baixinho anunciou que vai entregar cargos do partido no governo Cabral - Foto: Ailton de Freitas


    O deputado federal Romário assinou, ontem (26/9), sua ficha de refiliação ao PSB, partido do qual saiu há menos de um mês, rasgando-se em críticas ao presidente nacional da legenda e pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos. Ontem, ao lado dele, esqueceu as queixas.

    O retorno só foi possível graças à iminente saída do prefeito de Caxias, Alexandre Cardoso, que deve deixar o PSB nos próximos dias. Romário não se considerava valorizado por Cardoso, presidente estadual da legenda. Agora, única estrela do PSB no Rio, terá a liberdade de escolher o que vai disputar em 2014: a Câmara dos Deputados ou o Senado. E ainda poderá, se quiser, ser candidato à Prefeitura do Rio em 2016.

    Ontem, em Brasília, ele anunciou que seu primeiro ato será entregar os cargos que o partido possui no governo Sérgio Cabral (PMDB) e estruturar um palanque para Eduardo Campos no Rio.

    Cardoso foi afastado da direção do PSB por não concordar com a candidatura própria à presidência e com o fim do apoio ao PMDB no estado. Ontem, alfinetou o Baixinho:

    — Quem botou Romário na política fui eu. Quando ele saiu (do PSB), disse que foi por causa de Eduardo (Campos), que não atendia ele.

    De fato, a aproximação com Campos foi uma mudança de postura, já que, ao sair do PSB, Romário havia reclamado que Campos não lhe dava bola. A gota d’água ocorreu no jogo da seleção brasileira em Recife, durante a Copa das Confederações. Campos não quis que Romário subisse à tribuna de honra da Arena Pernambuco. Ontem, lado a lado, os dois abandonaram a rixa.

    Antes de anunciar o retorno, o ex-camisa 11 comunicou a decisão a Anthony Garotinho (PR-RJ) e ao novato Solidariedade, que o cortejaram durante semanas.

    Além do Solidariedade — que, no Rio, já tem três vereadores, um deputado estadual e um federal —, nasceu também esta semana o Partido Republicano da Ordem Social (PROS). A expectativa é que de 25 a 50 deputados troquem de sigla nos próximos nove dias.

    No Rio, as negociações seguem. O deputado estadual Wagner Montes (PSD) negocia com o PRB.

    — Em 2014, posso me candidatar ao Senado ou à Câmara — anunciou o parlamentar.

    Fonte: Extra