CAMPO GRANDE (MS),

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    31/07/2013

    Com greve, Infraero remaneja funcionários em Congonhas para evitar atrasos

    Aeroportuários colam cartazes anunciando greve em Congonhas, na zona sul de SP; outros 62 aeroportos devem ser afetados (Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Folhapress)

    A Infraero (estatal que administra os aeroportos no país) precisou remanejar os funcionários do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, por conta de uma greve deflagrada pelos funcionários da estatal nesta quarta-feira (31). De acordo com o órgão, nem todos os trabalhadores aderiram ao movimento e por isso foi formulado um plano de contingência no terminal de São Paulo.

    A greve não prejudica os voos programados para hoje. Dos 50 programados até as 9h, três estão atrasados e outros três foram cancelados.

    Os funcionários da Infraero começaram a greve por volta da 0h desta quarta-feira. Durante a madrugada, grevistas espalharam cartazes no aeroporto informando que os aeroviários da Infraero estão em greve.

    Por volta das 9h, não eram registrados tumulto e grandes filas no setor de embarque aeroporto. A paralisação deve afetar 63 aeroportos administrados pela estatal, entre eles o Galeão, no Rio, onde dois voos foram cancelados dos 26 programados.

    A categoria pede reajuste de 16% -- aumento real de 9,5% -- e cobra a manutenção das atuais condições do plano de saúde, entre outras coisas.

    Segundo o Sina (Sindicato Nacional dos Aeroportuários), a proposta da Infraero prevê reposição da inflação pelo IPCA e mudança em benefícios como o convênio médico, com maior participação dos funcionários.

    Fazem parte da categoria funcionários ligados à operação de voos -de navegação aérea ao pátio de manobras-- além de empregados de suporte, como os da manutenção das esteiras e da segurança. Ao todo, 13.600 trabalhadores compõem a categoria.

    A Infraero afirmou, em nota, que ainda negocia o acordo coletivo com o sindicato e informou ter um plano de contingenciamento para manter serviços essenciais caso seja preciso. O plano, diz, inclui o remanejamento de funcionários tanto do quadro administrativo quanto de operações.

    A empresa nega que esteja planejando a redução de benefícios. "O sindicato teve a paciência de aguardar passar Copa das Confederações e Jornada Mundial da Juventude e a diretoria da empresa não teve a menor responsabilidade conosco", afirma o diretor do Sina em Congonhas, Severino Macedo.

    O sindicato marcou uma assembleia para as 15h desta quarta-feira para discutir as propostas com os trabalhadores.


    Fonte: Folha de S. Paulo