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Fani recorre a medicamentos controlados há 12 anos / Foto: João Cotta/Rede Globo/Divulgação |
Quem acompanhou a participação de Fani no “Big Brother Brasil 7” pode estar se perguntando onde foi parar a sister divertida e sempre de bem com a vida. Na atual edição, a carioca, hoje com 30 anos, tem revelado uma faceta mal-humorada, estressada e às vezes até grosseira, que culminou numa crise de choro na última terça-feira. O desespero foi tanto que a loura apelou à produção para tomar o remédio tarja preta ao qual recorre desde os 18 anos e foi atendida por uma psicóloga.
O que poucos lembram, e muitos não sabem, é que por trás da imagem de mulher fatal existe uma filha que carrega a dura tarefa de cuidar da mãe, Adélia Mara, de 59 anos, que sofre de esquizofrenia desde os 30.
— Como perdeu a avó aos 12, Fani assumiu para si os cuidados da mãe desde cedo. Por isso, há muitos anos é assistida por um psicólogo e toma remédios para ansiedade. É uma enorme carga emocional em cima dela — conta Penha Vaz, tia de Fani.
Segundo a Globo, a produção do “BBB” não proíbe o uso de medicamentos controlados na casa, desde que exista prescrição médica.
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Fani e a mãe: ligação forte / Foto: Reprodução/YouTube |
Batalhadora
Antes do “BBB 7”, em 2007, Fani morava sozinha com a mãe e era sustentada pelo pai. Depois do reality, criou uma grife e passou a arcar com os custos.
— Fani pesquisou muito sobre a doença e consultou médicos que descartaram a hipótese de ela também ter esquizofrenia — conta a tia, que vê um lado positivo na crise da sobrinha dentro do “Big Brother”: — Foi bom porque entenderam o motivo do mau humor.
No “BBB 7”, o uso de remédios por Fani não veio à tona. Mas, segundo a ex-sister Analy, o descontrole emocional já era notado:
— Lembro de uma situação em que ela chorou muito. Foi uma crise como a desta semana. E ela também foi atendida por um psicólogo.
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Fani pediu desculpa aos brothers pelo comportamento dos últimos dias / Foto: Reprodução/Rede Globo |
Palavra dos especialistas
A suspensão de remédio controlado pode ser perigosa. De acordo com a psiquiatra Carla Demeis, as consequências da retirada de um ansiolítico, por exemplo, podem ser gravíssimas:
— Se a pessoa toma um ansiolítico há três ou mais meses não pode parar de repente. A abstinência pode gerar até uma crise convulsiva.
O psiquiatra William Berger explica que a suspensão abrupta de um antidepressivo também pode causar problemas como irritabilidade e insônia.
— O paciente não pode parar do nada. Precisa ir tirando aos poucos — diz ele, acrescentando que quem usa remédio controlado não deve consumir bebidas alcoólicas.
Fonte: Extra
Por: Ana Carolina de Souza e Pedro Zuazo