Atacante brasileiro estava no epicentro dos tremores que devastaram o nordeste do Japão na última sexta-feira
O atacante Marquinhos, do Vegalta Sendai, estava no epicentro do terremoto que abalou o Japão na última sexta-feira e devastou a costa Nordeste do país. O brasileiro, que estava num restaurante italiano com o compatriota Max Carrasco no momento dos tremores, contou ao LANCENET! como conseguiu sair com vida da tragédia.
- Corremos para o estacionamento e ficamos de mãos dadas com japoneses que nunca havíamos visto. Nunca me esquecerei dessa cena. Quando saímos, vimos os azulejos dos prédios caindo, carros destroçados e muita gritaria. Parecia um filme. Em Sendai, a coisa foi pior. Achei que a Terra fosse rachar.
Marquinhos teve a sorte de conseguir sair de Sendai com meio tanque de gasolina e chegar a Yamagata, numa viagem que durou oito horas a cinco quilômetros por hora para não gastar o combustível. Em seguida, num micro-ônibus conseguiu chegar a Narita e restabelecer a comunicação.
A situação ainda é delicada.
- Não há comida nos mercados, não podemos comer, tomar banho, falta luz, água. Sendai continua sem comunicação, não consegui falar com ninguém. Em Kashima, onde trabalhei com Oswaldo de Oliveira, a arquibancada do estádio desabou... O tsunami passou, mas a vida ainda está muito difícil.
Com a paralisação do Campeonato Japonês, o brasileiro chega ao Brasil nesta quarta-feira e ficará um período com a família em Bataguassu, no Mato Grosso do Sul.
Um terremoto de 8,9 graus na Escala Richter que abalou a costa nordeste e provocou um tsunami em cidades do litoral norte japonês. O tremor foi mais forte do país em 140 anos.