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Segue a entrevista na íntegra.
Expressando com Alessandra Paim - Por que do nome The Rockfeller?
Marcio_ O nome foi dado pelo primeiro vocalista da banda, Rodrigo Tozzeti. A banda surgiu para “tapa” um buraco em um show que havia sido programado, primeiramente para a extinta Medarock tocar. Em 2 dias ensaiamos um repertório e não tínhamos nome. Veio o Rodrigo com a ideia de Rockfeller... já que era um nome forte, de uma família que promoveu grande desenvolvimento nos EUA. Aí como queríamos impactar, curtimos e o nome ficou. Mais uns 10 anos pra frente colocamos o “The” Rockfeller para diferenciar de algumas bandas que existiam na época.
Expressando com Alessandra Paim - Quanto tempo de carreira musical?
Marcio_ A banda surgiu mesmo no final de 1994, para cobrir esse show. Aí ficou um tempo no “limbo” e retornou em 1997. Se contar do primeiro show... são 27 anos de banda. Integrantes da banda.
Os primeiros foram:
Bateria: Zé Fiuza 1995 - 2000. 2010 - 2021
Vocalista: Rodrigo Tozetti até 1997
Tecladista: Alex Cavalheri: 1994 até 2007
Tecladista: Abner Ramires 2010-11
Guitarrista: Marcio Armoa; 1994 até hoje
Vocalista: Paulo Afonso: 1998 até hoje
Expressando com Alessandra Paim - Porque Rock Progressivo?
Marcio_ no início começamos a tocar muitas músicas dos anos 70. Bandas com um rock mais trabalhado, tipo Deep Purple, Pink Floyd, Yes, Queen, Rush. O rock progressivo era uma veia principal de inspiração minha e do Alex Cavalheri, que éramos os principais compositores. Tínhamos também uma banda que curtimos muito que é a Dream Theater. Adorávamos tentar fazer músicas instrumentais longas, com solos de guitarra e teclado. Mas também víamos que no Estado o estilo não existia. Talvez o som de Tetê Espíndola e Lírio Selvagem fosse algo que lembrasse essa psicodélia, mas não no lado instrumental. Aí resolvemos ir para essa área do rock. Hoje o Progressivo foi deixado meio de lado. Tocamos mais Hardrock. Mas as composições são altamente rock progressivo.
Expressando com Alessandra Paim - Festivais que a banda participou
Marcio_ vários festivais da UFMS, como o FUC, Festival Universitário da Canção. Festival do FICA em Ponta Porã. Vários encontros de motoclubes. Projeto Som da Concha. Projeto Bonustrack. Campo Grande Rock Festival. Intervalo Musical promovido pela AMP. Mas o show mais marcante realmente foi o do MS CANTA BRASIL. Abrindo para o Nação Zumbi em 2014. Muita gente, um palco legal. Uma energia muito boa. E também, foi o retorno aos palcos do meu irmão, Marcelo Armoa. Ele havia sofrido uma cirurgia cardíaca complicada uns 4 meses antes. Também havia sofrido um avc pós cirúrgico. Foi um show realmente especial. Também tocamos no projeto Vertentes em 2019.
Expressando com Alessandra Paim - Receptividade/Fãs
Marcio_ A banda acabou criando um público cativo e fiel nessa pequena caminhada. Sempre tocamos covers, apesar de termos nossas músicas próprias. Uma “especialidade” da banda é tocar Queen e sempre é bem recebida e lembrada por isso.
Expressando com Alessandra Paim - Fale a respeito da coletânea Bonustrack.
Marcio_ A coletânea foi um projeto musical idealizado por Alex Cavalheri, Guga Borba e Guilherme Cruz. 12 bandas se uniram para pagar as gravações do CD e mobilizaram toda uma tropa de pessoas para fazer o lançamento em 6 shows no Teatro Aracy Balabanian. Conseguimos uma pareceria com TV UNIDERP que filmou todas as apresentações. Na TVE foi viabilizada a apresentação desses shows gravados. Foi um momento único no rock da cidade. Os shows foram realizados em abril e maio de 2004, todas as terças. Cada banda recebeu um número de ingressos para vender. O que conseguisse seria o “cachê” da banda. E foi muito legal. Todas as terças lotadas. O nosso show tinha gente sentada nos corredores. E foi a nossa “prova de fogo”, pois compomos as músicas para esse show. As bandas que participaram do projeto foram: Solosolar, O Bando do Velho Jack, Jerry Espíndola e Croa, Filho dos Livres, Bêbados Habilidosos, Boaventura, Olho de Gato, Loa a Loa, Tabacos R. I. P., Naip, The Rockfeller e Mantris.
Expressando com Alessandra Paim - Repertório Musical
Marcio_ A banda toca Queen, Rush, Pink Floyd, Aerosmith, Deep Purple, Kiss, The Police… uma grande salada musical. Mas realmente tocamos aquilo que gostamos de escutar. Colocamos nosso jeito e nossa identidade em cada música. Erramos... nos divertimos. E isso é bom. A banda é um grande encontro de amigos-irmãos. Se não nos divertimos, para quê ter banda né?
Expressando com Alessandra Paim - Shows que a banda fez no Estado e fora.
Marcio_ tocamos mesmo aqui em Campo Grande e Ponta Porã. Fora do estado até tivemos muitos convites. O grande problema era agenda. Sou jornalista, diretor de filmes publicitários e minha agenda sempre foi muito complicada. O nosso vocalista também é professor universitário e isso complica sempre nossas datas. Hoje ele mora em Dourados e ficamos na dependência dele vir para Campo Grande ou da minha agenda abrir para podemos marcar shows. Ponta Porã foi um local que chamou e os deuses do rock nos propiciaram um final de semana livre pra podermos tocar lá. E assim vamos tocando.
Expressando com Alessandra Paim - Qual a música mais pedida pelos fãs?
Marcio_ olha. Todas do Queen :) também pedem muito Highway Star.
Expressando com Alessandra Paim - CD’S/DVD’s.
Marcio_ Gravação mesmo, somente a faixa “tudo o que eu não precisava”. Temos o material do show do Bonustrack todo gravado, mas que não foi publicado. Também temos o nosso show na Concha Acústica, do projeto Som da Concha, de 2005, também gravado.
Expressando com Alessandra Paim - Como foi pro The Rockefeller o modo quarentena?
Marcio_ para falar bem a verdade a banda vive uma quarentenaJ. Não somos uma banda de fazer shows frequentemente. Acho que isso acaba sendo o nosso “diferencial”. Principalmente por que o nosso repertório é diferenciado. As músicas, as performances. Na quarentena cada um ficou com sua família. Fizemos a Live “intermunicipal” para tentar dar uma quebrada nesse “gelo”. Também gravamos um vídeocollab para matar a saudade.
Expressando com Alessandra Paim - Projetos atuais e em andamento.
Marcio_ O grande projeto ainda é fazer um EP. As músicas estão prontas. Falta realmente entrar em estúdio e gravar.
Expressando com Alessandra Paim - Momento mais marcante pra banda.
Marcio_ Dois momentos. Um show que fizemos em uma escola estadual pela AMP, Associação dos Músicos do Pantanal. Várias crianças enlouquecidas. Cantaram, pularam e vieram pedir autógrafo. Energia muito boa. O outro foi o show abrindo com o Nação Zumbi. Meu irmão voltando a tocar, toda família reunida. E a ligação ele com o resto da banda também é forte. Tivemos uma outra banda junto chamada Mr. Magoo que era praticamente a The Rockfeller sem o Luis no Baixo. O show foi muito especial.
Expressando com Alessandra Paim - Atualmente onde a banda está se apresentando?
Marcio_ hoje a banda se apresenta nos bares de rock da cidade. Quase que exclusivamente, no Blues Bar. Mas os outros bares podem chamar a gente tambémJ
Expressando com Alessandra Paim - Como foi implantar no MS esse estilo musical?
Marcio_ eu não diria implantar. Eu diria levantar a bandeira que já havia sido implantada antes. O estilo teve também como representante a banda Vaticano 69, mas num lado mais pop. Na década de 70 também. Mas a gente sempre frisou que iria tocar rock progressivo. Me lembro até de comentários de algumas pessoas falarem; “putz... banda com som longo... chato”. E se olhar o rock progressivo é assim mesmo. É longo..., mas não é chato. É outra vibe. E tocamos porquê gostamos. E tomara que outros toquem.
Expressando com Alessandra Paim - Fale da experiência da “Live Intermunicipal”.
Marcio_ olha, aquilo ali foi uma experiência complicadíssima. Imagina você tocar uma música para uma pessoa que está uns 230km de distância. Foi uma matemática e toda automação desafiadora. Mas o resultado foi amplamente satisfatório. Toquei eu em casa e o Paulo em Dourados. Ele soltava o playback dele lá, eu escutava as marcações e soltava o meu aqui e aí tocava a guitarra. Para não ter o atraso tive que quebrar a cabeça. Mas foi muito legal. Quem assistiu curtiu muito.
Expressando com Alessandra Paim - Conte um pouco do evento Festival FICA.
Marcio_ O FESTIVAL FICA é um evento grande realizado pela prefeitura de Ponta Porã. O cara que faz a correria é o Eder Rubens, diretor de Cultura da FUNCESPP. Foram 3 dias de evento que envolve desde danças, motoclubes, gastronomia, economia local e um festival de cerveja artesanal. Movimenta toda a região fronteiriça. É um projeto muito legal que confraterniza com os povos brasileiro e paraguaio. Uma experiência gratificante que nos proporcionou conhecer bandas paraguaias e roqueiros da fronteira.
Expressando com Alessandra Paim - Qual o próximo show que a The Rockefeller vai tocar?
Marcio_ olha. Final de ano...férias. Provavelmente no final de janeiro ou início de fevereiro. Nada marcado ainda.
MENSAGEM
“A mensagem que a gente deixa é: Faça o que dê alegria para você. Há 27 anos estamos nos divertindo no palco. E acho que é isso que faz a banda ter fãs. Se você assiste um show aonde os integrantes ali passam essa felicidade, vai ficar também feliz. É o que tentamos. Fazemos o nosso melhor. Faça o seu melhor, se sinta bem. Seja autêntico e curta sua vida ao lado de pessoas que te amam e que você também ama”, Márcio Armoa.
REFERÊNCIAS DE PESQUISA
Rock progressivo – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)
Para entender: o que é rock progressivo? (whiplash.net)
O que é rock progressivo? | Super (abril.com.br)
um pouco do rock progressivo nos anos 70 (obviousmag.org)
QUAL FOI O PRIMEIRO ÁLBUM DE "ROCK PROGRESSIVO"? - Maquiavelli
FICA valoriza artistas de Mato Grosso do Sul - Jornal Extra MS
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*JORNALISTA INDEPENDENTE.