Execução do político paraguaio aconteceu no último sábado em meio à guerra desencadeada entre facções na fronteira de Mato Grosso do Sul
O assassinato do suplente de deputado Carlos Rubén Sánchez Garcete, de 44 anos, também conhecido como ‘Chicharô’, registrado no último sábado (7), em Pedro Juan Caballero, ocorreu no marco de uma longa guerra desencadeada entre facções mafiosas que disputam o controle do narcotráfico em cidades paraguaias que fazem fronteira com o Mato Grosso do Sul.
A briga pelo domínio territorial em cidade como Capitan Bado, na divisa com Coronel Sapucaia e Pedro Juan Caballero, que faz fronteira seca com Ponta Porã, segundo investigadores da Polícia Nacional do Paraguai, foi pelo oferecimento de uma recompensa pela morte do político, que estaria ligado ao narcotráfico internacional. Há rumores de que a cabeça de ‘Chicharô’ teria sido encomenda por US$ 1 milhão de dólares.
Carlos Rubén Sánchez Garcete foi fuzilado com centenas de tiros dentro de sua própria residência. Ainda segundo informações obtidas pelo ABC Color, a execução do político aconteceu em virtude de uma traição orquestrada por uma pessoa que estaria participando de uma festa iniciada na noite de sexta-feira (6).
Na linha investigativa que está sendo tomada pela polícia paraguaia, os pistoleiros que atacaram a propriedade fortificada de ‘Chicharô’, sabiam o momento exato e o local onde seus três guardas civis deveriam estar. O esconderijo onde o político se refugiou nos últimos tempos está localizada na esquina das ruas Aquidabán e Mariscal López no bairro Mariscal Estigarribia da capital Amambay.
O local possui um muro de cerca de 3 metros e meio de altura, além de uma cerca eletrificada, a porta de entrada possui grelha e dupla blindagem com chapa de aço. A entrada do imóvel, que é totalmente monitorada por câmeras de TV, tem dois portões aéreos à prova de balas com um espaço de 20 metros entre um e o outro.
Segundo os investigadores, no início de 2019, ‘Chicharô’ se envolveu em uma sangrenta guerra entre facções mafiosas de sua cidade natal, Capitán Bado, contra membros da família Ruiz Díaz, em decorrência de um problema que tinham com um cartel boliviano. Na época, ele teria ordenado a morte dos irmãos Martimiano, 51 anos, e Calixto Ruiz Díaz Arévalos, de 50.
Passados 42 dias após a morte dos irmãos, o suplente de deputado teria sido emboscado em um tiroteio em um local conhecido como Cantera Cue, na cidade de Piray, distrito de Capitán Bado. Naquela ocasião, o suposto narcotraficante e político colorado conseguiu escapar graças à blindagem de sua caminhonete e se escondeu em um morro até ser resgatado por um grupo.
Fonte: Midiamax
Por: Marcos Morandi
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