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    31/08/2021

    Como desenvolver autoestima em crianças

    ©REPRODUÇÃO
    Apesar de não existirem dados oficiais a respeito da depressão infantil no Brasil, é um fato que os efeitos nocivos desse transtorno acometem crianças e jovens de todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o transtorno depressivo é a principal razão da incapacidade de realização das tarefas cotidianas de jovens de 10 a 19 anos.

    Dados não oficiais indicam que no Brasil, a incidência do distúrbio gire em torno de 1 a 3% da população com até 17 anos de idade, o que significa, mais ou menos, 8 milhões de jovens acometidos. Muitas vezes, a razão para que esse transtorno ocorra é a falta de autoestima.

    Segundo um estudo publicado na revista norte-americana Journal of Experimental Social Psychology, uma criança de apenas cinco anos já pode ter a sua autoestima e autoconfiança tão alta quanto a de um adulto. O desenvolvimento da autoconfiança passa pelo processo de autoaceitação, super necessário em crianças que possuem algum tipo de malformação, como por exemplo, as acometidas pelas fissuras labiopalatinas.

    As fendas labiopalatinas são as fissuras craniofaciais mais comuns, com incidência de 1 em cada 600 nascidos vivos. Popularmente conhecidas como lábio leporino, as fissuras labiopalatinas podem acometer não só os lábios, mas também o céu da boca. Apesar de não causar nenhum comprometimento no desenvolvimento neurológico (com exceção dos casos em que há associação com cranioestenoses sindrômicas), a fissura labiopalatina pode comprometer a audição, o desenvolvimento da fala e a interação social, resultando assim na introspecção da criança em ambientes de convívio social como a escola.

    Dicas para autoconfiança e aceitação

    Para evitar quadros patológicos como a depressão e seus efeitos, recomenda-se a adoção de hábitos que desenvolvam a autoconfiança e aceitação das crianças, confira alguns deles.
    • Não ridicularize seu filho
    • Respeite o ritmo da sua criança
    • Proporcione o crescimento em um ambiente acolhedor
    • Mantenha o diálogo e fale sobre sentimentos
    • Estabeleça e cultive um vínculo de confiança
    • Desprenda-se de padrões e proporcione isso ao seu filho
    • Crianças aprendem com exemplos, cultive o SEU amor-próprio
    A fissura labiopalatina sendo uma anomalia congênita necessita tratamento assim como a depressão que é sim uma doença e também precisa de tratamento. Se você notou apatia, reclusão e falta de interesse do seu filho nas tarefas do dia a dia, converse com um pediatra ou com um psicólogo.

    Os efeitos de uma criança com baixa autoestima impactam diretamente no adulto que ela se transformará. Por isso, encoraje seu filho. Converse com professores e outras pessoas que fazem parte da rotina dele e, em caso de dúvidas, busque ajuda de profissionais especializados.


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