PORTA ABERTA: A volta das coligações partidárias (extintas em 2017), permitirá a união das siglas num único bloco nas eleições proporcionais já em 2022. Democráticas, favorecem os partidos nanicos, representantes de grupos sociais menores, na participação da política (nas cidades, estados e país). Detalhe: a matéria precisa ser aprovada no Senado.
VEJA BEM: O espírito das coligações veio da Europa pelo desejo e necessidade de algumas corporações ou classes sociais em participar da política e do poder – até então privilégio exclusivo da nobreza. A Maçonaria teria tido influência nesta ação de dar maior diversidade ao poder, até então apenas das elites, tornando-o menos injusto socialmente.
CHORORÔ: Em 2020 tivemos eleições sem as coligações partidárias, o que gerou reclamações e críticas. Um exemplo: para a vereança da capital a candidata Luíza Ribeiro (PT) obteve 2.030 votos, mas não se elegeu. Já o coronel Villassanti foi eleito com apenas 1954 votos – votação menor que da candidata do PT e de outros 16 concorrentes.
ALIANÇAS: Vitais em qualquer eleição. Com as coligações o total de votos de cada um dos candidatos do mesmo grupo de legendas é somada e dividida pelo quociente eleitoral (relação entre o número de votos e o número de vagas). O interessante é que essa coligação não precisa ser replicada pelos partidos em todos os níveis ( federal, estadual e municipal).
DISTRITÃO: Felizmente dançou. Azar dos caciques partidários e dos políticos com maior visibilidade em cada Estado. É visto como uma espécie de reserva de mercado ( ou de curral?) que tira as chances de candidatos com menor potencial na campanha. Com o ‘distritão’ seria fácil identificar quais candidatos locais teriam maiores chances de vitória em 2022.
DEPUTADOS & AÇÕES: Paulo Corrêa (PSDB); Antenado com as questões legislativas e das relações com os outros poderes e a sociedade. José Teixeira (DEM): reivindica melhorias para Dourados e Jardim; intercede por policiamento no Parque dos Poderes. Lucas de Lima (Sol): Em ‘live’ arrecadou 7 toneladas de alimentos e 3 mil agasalhos/ cobertores doados à carentes; em tramitação projeto contra mau trato de animais; é seu projeto que viabiliza espaço para animais em albergues . Mara Caseiro (PSDB): pede pulverizador para agricultores de Jatei; viatura para a Polícia Militar de Rochedo; reforma do Museu do índio em Miranda; sala para coral musical de Amambai. Marçal Filho (PSDB): seu projeto denomina ‘Devarci da Silva’ base comunitária de Segurança Pública em Nova Andradina; ativo nas sessões legislativas.
GOVERNISTAS. A oposição ao Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) é mínima. Impressiona, por exemplo, a fidelidade dos deputados do MDB em suas manifestações e ações. Até parecem integrar o PSDB. Mas antevejo a incoerência deles nas eleições em 2022. Irão criticar esse governo do qual são aliados e beneficiados. Isto é política.
SAIA JUSTA? O MDB não tem osso. Prisões, escândalos e traições não intimidam os ânimos de suas lideranças que trocam proteção política por vantagens e verbas para suas bases eleitorais. Portanto, não exclua a hipótese do MDB apoiar o PT mesmo após a postura de Michel Temer (MDB) no impeachment de Dilma Roussef (PT). Toma lá – dá cá!
‘AUTONOMIA’: O que se viu na votação da PC do voto impresso na Câmara foi deputados do ‘centro’ ouvindo seus eleitores. O percentual das ‘traições’: PSDB 47% - PSD 57% - DEM 46% - MDB 45%, mostra que a orientação dos comandos partidários contrariou as bases eleitorais. Sinal de que hoje a terceira via seria inviável. Disse hoje!
EXEMPLOS: O deputado de ‘centro’ lá do Nordeste não vive a mesma situação do deputado do Sul. Ora! Quem elegeu os deputados federais daqui do PSD, PSDB – são eleitores que não comungam com a esquerda. Mas ainda é prematuro avaliar eventuais reflexos negativos em 2022 por conta desta votação na Câmara Federal.
AÇÕES & DEPUTADOS: Evander Vendramini (PP): emenda sua garante bicicletas elétricas para Nioaque; comemora investimentos do Governo em Porto Esperança e entrega de cartões do Mais Social em Corumbá. Gerson Claro (PP): zeloso no endereçamento das suas emendas aos municípios e entidades diversas; com segurança tem pautado matérias vitais na CCJR da Assembleia. Neno Razuk (PTB): Cuida de emendas destinadas à entidades e prefeituras; participante ativo das sessões remotas Pedro Kemp (PT): pede a volta das cirurgias eletivas, consultas e exames especiais; focado na obediência ao cronograma da vacinação anti-Covid. Capitão Contar (PSL): questiona a terceirização na distribuição de medicamentos no MS; insiste no pedido de informações dos gastos públicos; expressou sua indignação com os deputados contrários a PEC 135/2019.
PATRULHAMENTO: Nas redes sociais há postagens raivosas de internautas contra os votos dos deputados do PSD (Fábio Trad) e PSDB (Beto Pereira). Na cabeça destes eleitores, os dois tiveram postura da esquerda porque o PT, PSOL, PC do B, Rede votaram contra a PEC do voto impresso. Mas é natural que o parlamentar possa votar por convicção pessoal ou seguindo a orientação partidária.
CALMA! Apesar do intenso movimento nas redes sociais e de fake news, o ideal é adotar a filosofia mineira quando se trata de eleições. Um amigo alertando: o jogo não começou; não se pode queimar etapas. E o dia a dia da política tem novidades às vezes surpreendentes que influenciam na cotação de nomes que compõem o cenário político.
BOLSONARO: Incontrolável. Instável. Todos os dias morde a língua, cria arestas, afasta companheiros e atrai antipatias gratuitas. Parece um neófito na política e na vida pública. Não sabe relevar certas situações e prefere o enfrentamento com saldo devedor. Esse episódio do desfile das tropas em Brasília foi apenas mais um. Infelizmente, outros virão.
O FREGUÊS: João Filgueiras foi prefeito de Três Lagoas e deputado estadual. Na Revolução era tido como ‘suspeito’ e sempre levado a ‘prestar esclarecimentos’ ao Major Daltro Prates. Contam que quando o ‘jeep’ do Exercito estacionava em frente a sua casa, ele saia levando a mala de roupas já arrumada dizendo. “Estou pronto”. Um bom freguês!
DEPUTADOS EM AÇÃO: Lídio Lopes ( Patri): comemora a escolha de Campo Grande para sediar conferência da Unale em novembro; presidiu sessão em homenagem aos advogados. Antônio Vaz (Rep): aprovado seu projeto de incentivo aos produtores rurais; sancionada lei de sua autoria beneficiando deficientes físicos em competições esportivas. Amarildo Cruz (PT): em curso seu projeto classificando as feiras livres como atividade essencial; defende a inclusão da Educação Fiscal nos currículos escolares. José C. Barbosa (DEM); já recuperado do Covid-19 retornou às sessões legislativas; homenageou colegas advogados com Medalha do Mérito João H. Catan (PL); critico, repudiou a fala do ministro Luís R. Barroso (TSE), classificando-a uma afronta a democracia.
MARQUINHOS: Cumpre o mandato de prefeito de Campo Grande ou integra o plano nacional do PSD de disputar inclusive o Palácio do Planalto e o Governo de vários Estados? Pela fala do presidente Gilberto Kassab (PSD) MS. está no radar. O candidato à sucessão de Bolsonaro pode ser o atual presidente do Congresso Rodrigo Pacheco, que aproveitaria a janela partidária para deixar o DEM e ingressar no PSD. Quem viver, verá!
A RODA GIRA: É baixo o índice do eleitorado com memória política, A maioria não sabe – por exemplo - quem foi Fernando C. da Costa, Arnaldo Estevão Figueiredo, Vespasiano Martins, Olívia Enciso e Antônio Mendes Canale. A tendência na atual conjuntura cultural, é que personagens históricos se tornem ‘ilustres desconhecidos’ desta geração.
MELHOROU? Irônico, o ex-presidente Jânio Quadro definiu o Congresso Nacional: “Metade são incapazes e a outra metade, capazes de tudo”. Após 60 anos, o ‘Data Folha’, 38% considera a atuação do Congresso ruim, 14% boa e ótima. É o 2º mais caro do mundo, custo de US$ 7,4 milhões per capta ao ano (6 vezes mais do que na França, com 925 congressistas e apenas 67 milhões de habitantes).
PORTO ESPERANÇA: A referência ao distrito de Corumbá era restrita a sua citação em músicas regionais. Agora, seus 130 moradores terão água tratada e nova estrada rumo a BR-262. Fim do atraso por décadas, graças ao dedo do deputado Vendramini (PP) junto ao governo estadual. Porto Esperança, tão falada, sai do imaginário para adentrar a nova realidade regional.
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