CAMPO GRANDE (MS),

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    07/07/2021

    Vacinados contra Covid-19 devem aguardar, no mínimo, 48 horas para ingerir bebida alcoólica, recomenda infectologista

    De acordo com Júlio Croda, bebida não altera eficácia da vacina, mas confunde efeitos colaterais

    Bebida alcoólica não altera eficácia da vacina contra Covid-19
    É recomendado que pessoas que tomarem a vacina contra Covid-19 esperem 48 horas para consumir bebidas alcoólicas, diz o infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Júlio Croda.

    O infectologista afirma ao Correio do Estado que os efeitos colaterais do álcool podem confundir com os efeitos da vacina.

    Croda ressalta que o álcool não altera a eficácia da vacina, resposta imune ou proteção.“A recomendação é mais por causa dos efeitos colaterais. Se a pessoa apresentar dor de cabeça, é efeito da vacina ou do álcool?”, indaga.

    A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) afirma ao Correio do Estado que profissionais da área da saúde atuantes em polos de imunização orientam que vacinados suspendam o consumo de bebidas alcoólicas por dois dias.

    “É uma recomendação que eles fazem mais no sentido de se resguardar, no sentido de precaução. Recomendações informais, cuidados comuns”, disse a assessoria de imprensa da Sesau.

    Além disso, a Sesau ressalta que não há protocolo que exija que o cidadão suspenda o álcool após ser vacinado contra Covid-19.

    O enfermeiro e doutor em Infectologia, Everton Lemos, também recomenda a suspensão temporária do álcool após imunização contra Covid-19.

    “[É] importante não realizar mesmo, consumo de bebida alcoólica e não praticar atividade física”, afirma.

    As bulas das vacinas Coronavac-Sinovac-Butantan, AstraZeneca-Oxford-Fiocruz, Janssen e Pfizer-BioNTech não mencionam o álcool como contraindicação.

    Reações adversas

    As vacinas contra Covid-19 aplicadas em Mato Grosso do Sul são Coronavac-Sinovac-Butantan, AstraZeneca-Oxford-Fiocruz, fizer-BioNTech e Janssen. Todas elas indicam efeitos colaterais após aplicadas.

    De acordo com a bula da Pfizer, as reações adversas muito comuns da vacina são dor e inchaço no local da injeção, cansaço, dor de cabeça, diarreia, dor muscular, dor nas articulações, calafrios e febre.

    De acordo com a bula da AstraZeneca, as reações adversas muito comuns da vacina são sensibilidade, dor, sensação de calor, coceira ou hematoma, indisposição, cansaço, calafrio, febre, dor de cabeça, enjoo e dor muscular ou nas articulações.

    Segundo bula da Coronavac, as reações adversas muito comuns da vacina são dor no local da aplicação, dor de cabeça e cansaço.

    De acordo com bula da Janssen, as reações adversas muito comuns da vacina são dor no local da injeção, dor de cabeça, fadiga, dor muscular, náusea e febre.

    Reações à vacina AstraZeneca são mais comuns do que as outras marcas de vacina.

    O secretário Municipal de Saúde de Campo Grande, José Mauro Filho, diz que efeitos colaterais de qualquer vacina são normais.

    "Normalmente qualquer vacina tem reação vacinal, seja uma febre, calafrios, dor de cabeça, isso aí é o efeito da vacina", disse.

    A Secretaria de Estado de Saúde (SES) afirma ao Correio do Estado que não existe relatos de efeitos colaterais graves à vacina contra Covid-19 em Mato Grosso do Sul.

    Por: Naiara Camargo

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