CAMPO GRANDE (MS),

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    03/06/2021

    Violência contra a mulher precisa ser combatida, diz deputado Marçal Filho

    Marçal é Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Mulher na ALEMS ©ARQUIVO
    O inconformismo do homem com o fim do relacionamento e o sentimento de posse tem sido algumas das maiores causas de violência contra a mulher e precisa ser combatido, alerta o deputado Marçal Filho, coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Mulher na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

    No mês de campanha estadual de combate ao feminicídio no Estado, celebrado em junho, o deputado chama a atenção para o triste relatório do Mapa do Feminicídio divulgado esta semana, com registro de aumento de 33% de mortes violentas de mulheres.

    "Em 2019 ocorreram 30 mortes e em 2020 subiu para 40. Não podemos tolerar e aceitar mortes por questões de gênero", afirma o deputado, autor do maior número de leis que protegem mulheres no Estado. Entre as leis criadas por ele está a que restringe o porte ou posse de arma de fogo ao agressor da mulher e a que obriga síndicos de condomínio a denunciar casos de violência doméstica.

    A pandemia do coronavírus fez aumentar os casos de violência e Marçal chama a atenção das mulheres, para procurarem seus direitos, com realização de denúncia na delegacia. "Vizinhos, familiares, poder público, todos têm que estar unidos no combate ao fim da violência e denunciar os casos”, alerta o parlamentar.

    Em 2020 foram registrados em Mato Grosso do Sul 17.286 boletins de ocorrência por violência doméstica e 66 por tentativas de homicídio contra a mulher. Os dados são alarmantes e revelam que 75% das mulheres mortas por feminicídio tinham filhos, sendo que 13 filhos presenciaram a morte da mãe.

    Durante este mês de junho haverá campanha no Estado com o objetivo de sensibilizar e conscientizar toda a sociedade a respeito de mortes violentas. Por causa da pandemia, as atividades serão desenvolvidas de forma online.

    Conforme o deputado é preciso dar um basta na violência. “É necessário denunciar desde a primeira violência sofrida. Por vezes, começa pela agressão moral, desde xingamentos e humilhações, evolui para o abuso psicológico, através de ameaças, chegando até a casos de lesão e morte. Então, é fundamental denunciar”, finalizou Marçal Filho.

    ASSECOM

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