CAMPO GRANDE (MS),

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    28/01/2021

    Simone coloca em xeque permanência no MDB: 'depende mais de questões regionais'

    Candidata foi lançada pela própria sigla, que agora retirou apoio à ela; contudo, ela prosseguiu com a candidatura

    Simone Tebet durante sessão no Senado ©Marcos Oliveira/Agência Senado/Arquivo
    Lançada recentemente pelo MDB como candidata do partido à presidência do Senado, mas às vésperas da eleição - que deve acontecer na próxima segunda-feira (1) - deixada 'à pé' pelo partido e tendo que manter a candidatura de forma independente, a senadora sul-mato-grossense Simone Tebet colocou uma permanência na sigla em dúvida.

    Durante coletiva de imprensa, em Brasília (DF), Simone falou sobre a campanha até aqui realizada, o grupo de apoio que angariou durante o período e também sobre a quanto sua candidatura, a primeira de uma mulher em quase 200 anos de Senado, representa.

    Contudo, em dado ponto da entrevista, ela foi questionada se esse seria um momento de selar o fim de sua permanência na sigla, respondendo claramente que não pode afirmar se continua ou não no partido, mas que questões regionais teriam um maior peso.

    "Eu tenho um compromisso regional, que passa a questionar, é natural. Não posso dizer da minha permanência ou não. Hoje estou no MDB e quero continuar. Porém vai depender, a partir de março, mais de questões regionais do que nacionais", frisa a senadora.

    Simone completa ainda que nasceu dentro do MDB, acompanhando seu pai, o ex-senador já falecido Ramez Tebet. O MDB tem a maior militância do país e me apego nessa corrente. O partido é maior que qualquer liderança e, enquanto acreditar no MDB, eu permaneço".

    Aliados - Entre os aliados já conquistados, Simone voltou a repetir nomes citados em outras oportunidades. Entre os nomes, estão os tucanos Tasso Jereissati, do Ceará, e José Serra, de São Paulo, além da peessebista Leila Barros, do Distrito Federal.

    "Nossa campanha começa agora, novamente. Tenho orgulho em ser a primeira mulher em 200 anos de Senado a concorrer a essa cadeira, fato que me fez continuar nessa luta e deixar claro que caminhar, avançar, não significa necessariamente buscar a vitória. Represento também a mulher brasileira na caminhada por mais espaço", comenta Tebet.

    A senadora revela conversas e acertos já feitos com senadores do Podemos, Cidadania, PSB e um bloco do PSDB. Contudo, com a própria sigla liberando os senadores para votarem em candidatos de outras legendas, Simone perdeu os até então 27 senadores a qual tinha apoio. "Não sou candidata avulso. Represento um grupo ainda", disse.

    Por Nyelder Rodrigues

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