CAMPO GRANDE (MS),

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    13/01/2021

    2021: 73% dos brasileiros não guardam dinheiro

    Segundo levantamento da Ipea, mais da metade da população nacional está endividada 

    Finanças é um assunto bastante delicado no Brasil, devido a intensa desigualdade social, altas taxas de desemprego, inflação e juros sobre produtos e serviços. Mais do que isso, a própria temática sobre educação financeira acaba assustando muitos brasileiros que têm dificuldades em encontrar uma solução para equilibrar o orçamento mês a mês. 

    Isso significa que, embora as informações sobre investimentos e o interesse por poupar para ter uma vida financeira saudável sejam crescentes, ainda há muitas pessoas no país que não conseguem chegar a lugar algum quando se fala em dinheiro. 

    Uma recente pesquisa, realizada pela Acordo Certo, revelou que 73% dos brasileiros não guardam dinheiro e, de modo geral, sentem dificuldades em manter as finanças equilibradas. A pesquisa foi realizada na modalidade quantitativa e online com um total de 1.428 entrevistados entre 16 e 24 de outubro de 2020 sobre a atual situação financeira dos consumidores. 

    Outros recortes do estudo mostraram que 75% dos entrevistados apresentaram dificuldades em pagar as contas nos últimos meses e, de fato, o grande responsável por este número é a ausência de planejamento financeiro, segundo 59% dos entrevistados. Esse aspecto torna a situação ainda mais difícil, porque impede que as pessoas tenham uma percepção correta do quanto ganham e do quanto gastam. 

    Dívidas sobre dívidas 

    Segundo levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea, mais da metade dos brasileiros estão endividados. No entanto, é válido destacar que nem todas essas dívidas estão atrasadas, pelo contrário, muitas são relacionadas a financiamentos de imóveis e veículos, além de viagens, despesas com saúde e outros. 

    Contudo, o crédito rotativo do cartão e o cheque especial são os grandes vilões que levam ao endividamento da população e, nesse cenário, somente a educação financeira, com um bom planejamento, corte de gastos e escolhas acertadas de novas soluções de crédito podem favorecer a reorganização orçamentária. 


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