CAMPO GRANDE (MS),

  • LEIA TAMBÉM

    11/11/2020

    Ensino a distância triplicou na última década

    Número de matrículas em cursos EAD triplicou nos últimos dez anos, aumentando a quantidade de universidades que oferecem a modalidade 

    ©iStock
    Segundo dados divulgados pelo Censo da Educação Superior 2019, o aumento de cursos superiores a distância entre 2018 e 2019 chegou a 19,1%. O aumento nas matrículas de cursos EAD (Educação a Distância) fez com que a modalidade chegasse a representar 28,5% de todos os cursos no Brasil. 

    Ainda de acordo com o levantamento, o maior número de vagas EAD está localizado no ensino privado. Mais de 93% das matrículas em ensino a distância estão nas universidades particulares, que têm aproveitado ainda mais a oportunidade para aumentar seu alcance. As universidades públicas representam pouco mais de 6% do total de alunos estudando em cursos nessa modalidade. 

    Nos últimos dez anos, o número de matrículas em cursos à distância no ensino superior passou de 838.125 em 2009 para 2.450.264 alunos matriculados em 2019. O número é quase três vezes maior, indicando um aumento significativo durante o período. 

    Cursos mais tradicionais em EAD 

    Administração, matemática, letras e pedagogia EAD estão entre os cursos que já se tornaram mais tradicionais na modalidade à distância. Com um número menor ou nulo de disciplinas práticas, os alunos podem ter maior flexibilidade para acompanhar as aulas de onde estiverem. 

    Atualmente, cerca de 60% dessas matrículas estão em cursos tecnológicos, o que representa um crescimento bastante acentuado, já que em 2009 esse percentual era de apenas 28,5%. Em relação aos cursos de licenciatura, ou seja, voltados para a formação de outros educadores, o EAD representa 53,3%. 

    Ensino presencial não acompanhou crescimento do EAD 

    Enquanto o EAD alcançou números tão grandiosos, o mesmo não pôde ser visto nos cursos presenciais. De 2018 a 2019 houve uma queda nas matrículas, trazendo uma diminuição de 3,8% no número total de alunos. 

    O aumento acumulado nos últimos anos foi de apenas 20,3%. Ainda que a modalidade seja mais tradicional e já representasse uma grande parcela dos cursos existentes no país, algumas hipóteses podem explicar o motivo de as matrículas não acompanharem as de curso superior à distância. 

    O custo maior, tanto para a universidade, quanto para os alunos, pode ter feito com que muitas pessoas não tivessem condições para entrar na universidade nos últimos anos, principalmente para os cursos que não têm a modalidade à distância como uma opção, como geralmente acontece nas áreas da saúde.

    ***