CAMPO GRANDE (MS),

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    04/10/2020

    Rota Bioceânica: ponte que liga Brasil e Paraguai é a próxima etapa na concretização do corredor

    Atualização da infraestrutura de Porto Murtinho é peça fundamental para logística de entrada

    Simulação de como ficaria a ponte que ligará Brasil e Paraguai, um dos principais projetos da Rota Bioceânica ©REPRODUÇÃO
    Na última terça-feira (29), o Governo do estado homologou a contratação de empresa que fará a elaboração do estudo e projeto para o contorno rodoviário em Porto Murtinho. 

    A obra de acesso à Ponte Internacional Brasil/Paraguai e o Centro Integrado de Controle de Fronteira são mais um passo para a implantação da Rota Bioceânica, que liga os oceanos Pacífico e Atlântico e integra a infraestrutura de escoamento de produção de Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. 

    De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, “o andamento do projeto mostra o compromisso do Brasil com o governo paraguaio, que está executando o projeto da ponte e com a Rota Bioceânica”.

    Projeto com mais de 60 anos de história, o Corredor promete trazer alta circulação de mercadorias com valor agregado ao estado e desenvolvimento. 

    Alternativa de escoamento, os produtos com destino ao sudeste asiático terão encurtada o tempo de viagem em até duas semanas, avisam especialistas. 

    A empresa vencedora da licitação é a Etelestudos Técnicos Ltda, pelo valor de R$ 1,544 milhão. O processo será conduzido pela Superintendência Regional do Dnit em Mato Grosso do Sul. O superintendente Euro Nunes Varanis Junior explica que a contratação sai em 10 dias e o cronograma de execução é de 521 dias.

    “O empenho é solicitado por Mato Grosso do Sul e corre em Brasília. Já a execução do projeto, a fiscalização e aprovação também realizadas por aqui”, explica Euro. 

    A contratação inclui a Elaboração de Estudos e Projetos Básico e Executivo de Engenharia do Contorno Rodoviário Norte em Porto Murtinho/MS com acesso à Ponte Internacional Brasil/Paraguai e instalações aduaneiras para o Centro Integrado de Controle de Fronteira na BR-267.
    Obras de acesso aos portos em Porto Murtinho com obras em estágio avançado ©Divulgação
    Ponte sobre o rio Paraguai e a Rota Bioceânica

    Ainda de acordo com o Governo do Estado, o projeto da ponte serve para interligar a infraestrutura que já está sendo atualizada na região. 

    Com investimento de mais de R$ 25 milhões, a obra de pavimentação do acesso à região portuária de Porto Murtinho já está 80% concluída, e pode até ser finalizada antes do prazo (dezembro de 2020), afirma em nota. 

    Os trabalhos contam com a pavimentação dos 7,19 quilômetros, entre a BR-267 e a região dos portos, ao sul da cidade. A obra faz parte também de um plano para reforçar a estrutura logística de Porto Murtinho e toda região sudoeste de Mato Grosso do Sul. Os recursos para o asfaltamento são oriundos do Fundo de Desenvolvimento Rodoviário de Mato Grosso do Sul (Fundersul).

    “Essa é uma obra de extrema importância para o Estado, em todos os aspectos. Esse acesso vai, além de tudo, desviar o tráfego de caminhões pesados que passam por dentro da cidade”, destacou o vice-governador e secretário de Infraestrutura, Murilo Zauith.

    Dois terminais portuários já estão em funcionamento no município e já existe a previsão da construção de mais um, o que demonstra ainda mais a necessidade da pavimentação.

    O secretário de titula dar Semagro, Jaime Verruck, afirmou, logo após o início da obra (em abril), que “desde 2014 o governo Reinaldo criou um Programa de Incentivos à Exportação para potencializar o uso dos portos e, principalmente, da hidrovia”. 

    As atualizações nos portos, aumento da capacidade da hidrovia, armazenamento e estocagem de produtos, e a ponte para o Paraguai devem melhorar o acesso de produtos de valor agregado ao estado, melhorando o escoamento de mercadorias por terminais intermodais. 

    De acordo com o professor Francisco Bayardo, pesquisador do projeto de pesquisa e extensão da UFMS sobre o Corredor, a cidade ainda precisa de investimentos básicos nos setores de hotelaria, restaurantes, postos de gasolinas e estrutura básica para viajantes. 

    Fonte: CE
    Por: Rodrigo Almeida



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