CAMPO GRANDE (MS),

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    29/09/2020

    SEMENTES CHINESAS| Análise deve sair em 15 dias, diz superintendente

    Materiais chegam em embalagens pelos Correios com origem duvidosa e, assim, geram preocupação

    Pacotes misteriosos vindo da China com sementes de procedência incerta ©REPRODUÇÃO
    A estranha prática de envio de sementes da China para diversos locais do mundo mesmo que o destinatário não a tenha solicitada continua. A superintendência do Ministério da Agricultura em Mato Grosso do Sul já recolheu pelo menos oito sementes dessas no Estado e o resultado das análises técnica sobre ela deve sair em 15 dias.

    "Abrimos um procedimento de investigação e encaminhamos para análise, onde checamos se há algum contaminante. É algo estranho e que acontece no mundo inteiro. Pode ser uma prática comercial desastrada, mas a orientação que damos é a de recolher essas sementes nas superintendências para analisarmos", frisa o superintendente Celso Martins.

    A prática comercial que ele cita é o 'brushing scam', estratégia de empresas de comércio online do oriente para conseguir gerar números falsos de pedidos e possibilitar que eles próprios façam avaliações positivas sobre si.

    Tal estratégia beneficiaria os vendedores, melhorando seu ranqueamento. A fraude foi identificada nos Estados Unidos, que foi um dos primeiros países a receberem as encomendas indevidas com sementes, direto da China. Lá, a investigação contou com agentes da defesa sanitária e também de órgãos de segurança.

    "Já somamos oito apreensões em Campo Grande, Dourados e Corumbá. Demora um tempo para que todo esse procedimento de análise biológica seja feito, mas a expectativa é que algo fique pronto nos próximos 15 dias", comenta Martins.

    O superintendente ainda frisa que um dos serviços de rotina da superintendência é a checagem de todo material que vem do exterior, justamente para evitar que tenha algum contaminante ali, seja ele presente na embalagem de forma intencional ou não. "Pode não ser nada, mas é algo que preocupa a gente também", conclui. 

    Por Nyelder Rodrigues



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