CAMPO GRANDE (MS),

  • LEIA TAMBÉM

    30/09/2020

    Parados há seis meses, motoristas do transporte escolar protestam por antecipação de parcelas de contratos

    Categoria está parada desde março e pede que prefeituras cumpram determinação do TCE

    Motoristas percorreram a Afonso Pena em manifestação - Foto: Bruno Henrique
    Empresários do setor de transporte escolar, que estão parados desde março devido a pandemia do coronavírus, participam de mobilização pedindo que as prefeituras cumpram com antecipação das parcelas de contrato, conforme decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

    Em Campo Grande, cerca de 80 veículos se concentraram e percorreram a Avenida Afonso Pena, sem parada para protesto.

    Presidente do Sindicato das Empresas do Transporte Rural, Carlos Paulo Santos Luzardo, disse ao Correio do Estado que além da antecipação das parcelas, os empresários também querem o retorno das aulas, para que possam voltar a trabalhar. 

    “O que a gente está pleiteando é a questão das prefeituras, não todas, algumas estão conseguindo fazer o pagamento ou indenização, que foi o que o Estado fez a parte dele, mas que essas prefeituras possam de alguma forma fazer o pagamento”, disse.

    Segundo Luzardo, o valor antecipado é um adiantamento para manter as empresas que estão sem receita há seis meses por causa da suspensão das aulas presenciais.

    “Tem seguro calção que a empresa vai contrair junto a instituição financeira para poder dar de garantia”, explicou.

    Em agosto, o TCE autorizou o pagamento antecipado dos contratos com as empresas do transporte escolar rural, como forma de garantir um fôlego ao setor que foi fortemente afetado pela pandemia. 

    Luzardo afirmou ainda que o segundo ponto pleiteado é a questão da volta as aulas. “A gente vê que tudo está voltando, mas as aulas não”, disse.

    Para o setor de transporte rural, o retorno das aulas presenciais das escolas particulares não teve impacto para a categoria. 

    Ainda conforme o presidente do sindicato, sem poder trabalhar, a categoria passa por dificuldades financeiras e cerca de 30% das empresas já fecharam no Estado.

    “As aulas irão voltar mais cedo ou mais tarde, mas 30% dessas empresas não vão ter condições de voltar”, ressaltou.

    O protesto realizado hoje também é em adesão a uma mobilização nacional denominada de Movimento Nacional dos Transportadores Escolares. 

    A nível nacional, são reivindicados auxílio emergencial aos motoristas escolares, linha de crédito federal para a categoria e congelamento dos financiamentos de veículos de transportes escolares enquanto durar a pandemia. 

    Fonte: CE
    Por: Glaucea Vaccari

    Imprimir