CAMPO GRANDE (MS),

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    01/09/2020

    Menina de 11 anos descobre gravidez e polícia prende padrasto por estupro

    O crime foi descoberto depois que a menina reclamou de dores e foi levada pela mãe ao hospital

    Suspeito foi preso nesta manhã pelas equipes da Delegacia de Polícia Civil de Amambai ©Amambai Notícias
    A Polícia Civil de Amambai prendeu nesta terça-feira (1º) um homem de 23 anos que estuprou e engravidou a enteada de 11 anos. O crime foi descoberto depois que a menina reclamou de dores e foi levada pela mãe ao hospital. Na delegacia, o autor revelou que abusava da criança há cerca de um ano.

    Há cerca de 15 dias a menina foi levada pela mãe a uma unidade de saúde da cidade – que fica a 360 quilômetros de Campo Grande – após sentir dores. Durante atendimento médico, a família descobriu que a criança estava grávida de 25 semanas. Foi então que ela contou sobre os abusou cometidos pelo padrasto.

    Conselho Tutelar e Polícia Civil foram chamados para atender o caso. A criança, que mora com a família em uma aldeia indígena, foi ouvida e relatou que o crime acontecia sempre que a mãe saia e deixava ela sob cuidados do padrasto. Por mais de um ano, ela foi estuprada pelo homem, mas só descobriu a gestação no hospital.

    Em depoimento, a mãe da menina afirmou que não sabia sobre o abuso e que há alguns dias não falava com o marido. Com todas as provas, o delegado responsável pelo caso, Caio Macedo, pediu a justiça a decretação da prisão preventiva do suspeito. “A preventiva foi decretada, com as investigações conseguimos encontrar e prender o autor”, detalhou.

    O homem estava em Amambai e na delegacia confessou os estupros. Não entrou em detalhes, mas confirmou que abusava da enteada desde que ela tinha 10 anos. Depois de ser ouvido, o preso foi transferido para um dos presídios da região.

    Segundo o delegado, a família recebeu atendimento do Conselho Tutelar, que agora vai acompanhar a vítima. “O atendimento é bem delicado, necessita de um tato diferente por ser uma criança, vítima de violência sexual. A gente conta com uma delegada e uma investigadora, mulheres, para conversar com essas vítimas”, detalhou Macedo. A guarda da menina continua com a mãe, que pelas investigações, não tinha conhecimento sobre o estupro.

    Casos como esse se enquadram na lei que prevê o aborto sentimental ou humanitário, quando a gravidez é consequência de estupro. Como a vítima é considerada completamente incapaz perante a legislação brasileira, por ser menor de 16 anos, cabe, em um primeiro momento, aos representantes legais consentirem com a interrupção da gestação.

    Na delegacia, a mãe da criança manifestou a intenção de prosseguir com a gravidez da filha e de criar a criança. Já o suspeito, foi indiciado por estupro de vulnerável com agravante de ter relação de parentesco com a vítima. 

    Fonte: CAMPO GRANDE NEWS
    Por: Geisy Garnes



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