De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os casos de câncer no Brasil devem crescer 70%, até 2038. Outro estudo, liderado pela International Agency for Research on Cancer (Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer), estima que um a cada cinco homens e uma a cada seis mulheres no mundo desenvolverão a patologia.. Assim, é mais do que essencial quebrar alguns mitos que rondam a doença. O médico oncologista que atua no Hospital Cassems de Campo Grande, Fabrício Colacino, desmistifica algumas questões.
Alimentos cozidos em forno de micro-ondas provocam câncer?
“Mito. Alimentos cozidos em forno de micro-ondas não causam câncer, há não ser que sejam esquentados em recipientes que emitam partículas. Então, se usar recipientes adequados para o forno de micro-ondas, não tem problema algum e não está relacionado à formação de câncer. Mas, se usar vasilhas de materiais como plástico, que possam expelir essas partículas, isso pode estar contribuir para uma agressão ao organismo, mas nada fisicamente comprovado”.
Viajar de avião ou ficar sempre perto de torres de energia aumenta o risco de câncer?
“Mito. Estudos científicos foram realizados e nenhum deles comprovou que a presença de celular ou torres de celulares que emitem radiação, ou mesmo andar de avião, possam contribuir para a formação de tumores”.
Anemia transforma-se em leucemia?
“Mito. Anemia não causa leucemia, mas ela pode estar presente no quadro clínico de um paciente com leucemia”.
Encontrei um nódulo no meu pescoço. É câncer de tireoide?
“Mito. Nódulo no pescoço normalmente está relacionado à adenomegalia, ou seja, a popularmente chamada íngua, são linfonodos aumentados, normalmente é ligada à uma inflamação e não ao câncer. Portanto, é necessário uma investigação maior para todo nódulo que se apresenta na região cervical. Mas nem sempre se conclui como tumor. Na verdade, na minoria das vezes”.
O câncer tem cura?
“Verdade. O câncer tem cura e, com um grande número de ferramentas surgindo nessa área, a Medicina têm conseguido levar os pacientes à cura na maioria dos casos. A estatística de melhora para o câncer já foi de menos de 50%. Hoje, conseguimos um quadro de mais de 60%, com medidas mais eficazes, como tratamento medicamentoso, tecnologias e aparelhos que ajudam a equipe médica a trabalhar com mais eficácia. Também traz menos sequelas, menos sofrimento e uma chance de recuperação muito alta para o paciente, principalmente quando o diagnóstico é precoce”.
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