CAMPO GRANDE (MS),

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    21/08/2020

    ”São mais de R$ 10 milhões em repasses para combate ao covid e ainda somos vergonha nacional?”, questiona Viviane sobre falta de ações em Aquidauana

    ©ARQUIVO*
    A médica Viviane Orro, pré-candidato à prefeitura pelo PSD de Aquidauana repudiou as faltas de condições de tratamentos dos indígenas no município, além da falta de apoio para a ação da organização Médicos Sem Fronteiras que foi proibida de atender nas aldeias. A situação precária de atendimento foi mostrada na imprensa nacional e internacional.

    “Agora não é hora de ninguém se isentar das ações porque estamos vendo um genocídio no povo Terena enquanto quem deveria dar suporte lava as mãos falando que esse é um problema da Sesai e do Governo Federal. Esse é um problema de todos. Já foram mais de R$ 10 milhões repassados para a prefeitura para o combate ao covid-19 e ainda assim temos a maior taxa de letalidade e nosso povo morrendo”, lamenta sobre a ação a falta de ação do poder público municipal e da Secretaria Especial de Saúde Indígena.
    ©ARQUIVO*
    Para a médica, que é intensivista e nefrologista a política não pode estar acima de vidas. “Há um mês ofereci meu trabalho voluntário e conhecimento para atender na linha de frente e o atual prefeito não aceitou por questões políticas, disse que é um problema exclusivo da Sesai o atendimento, no entanto, quando foi lá para pedir votos a história era bem diferente”, lembrou.

    Situação caótica

    Em uma das reportagens do Jornal Nacional, por exemplo, imagens mostram dezenas de testes rápidos de covid-19 danificados após a chuva.

    Nas aldeias do Estado mais de 33 pessoas morreram e entre os Terena os enterros são feitos pelos próprios índios. “Desde a primeira morte de indígena na região de Aquidauana, os próprios indígenas estão enterrando os corpos sem a mínima proteção para não se contaminarem”, denunciou o cacique Dionedson Terena.

    Em áudio que circula por meio de aplicativos o chefe do executivo municipal diz que esse é um problema da Sesai. Os índios denunciam estarem a mercê. “É um genocídio o que estão fazendo”, finalizou Ageu Reginaldo, índio Terena que só quer defender seu povo.

    ASSECOM
    *Fotografias tiradas antes da pandemia.



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