CAMPO GRANDE (MS),

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    19/08/2020

    CAPITAL| Vereador pode ser expulso do PT por votar a favor de veto na Câmara

    Partido já marcou reunião amanhã (20), para ouvir o vereador e tratar do assunto

    Vereador Aírton Araújo (PT) durante sessão na Câmara Municipal ©Divulgação - CMCG
    O vereador Aírton Araújo (PT) pode ser expulso do partido e ficar fora das eleições deste ano, por ter votado a favor do veto da prefeitura, em relação ao pagamento de adicional de insalubridade aos profissionais da “linha de frente” da covid-19.

    Foram protocolados na direção municipal do PT pedidos de expulsão e retirada do seu nome da chapa de vereadores, na eleição deste ano. O partido inclusive já marcou uma reunião virtual amanhã (20), a partir das 19h, para ouvir o parlamentar e tratar do assunto.

    O presidente municipal do PT, Agamenon do Prado, confirmou que o vereador já está sendo investigado pelo partido, pois segundo ele, havia uma orientação da legenda para que o parlamentar votasse contra o veto. “Já foi aberto o processo disciplinar e agora vamos conceder o espaço para que ele possa se defender”.

    Agamenon disse que o partido não concorda com a posição do vereador e que a intenção da direção é resolver a questão até setembro, antes das convenções. “Vamos tentar acelerar para resolver este assunto o mais rápido possível, seguindo todos os pontos previstos no nosso estatuto”.

    Defesa – Em entrevista ao site Campo Grande News, Aírton ponderou que ainda não recebeu “comunicado oficial” sobre a investigação disciplinar e que vai buscar o “entendimento” dentro da legenda. “Vou explicar os motivos que me levaram a votar a favor do veto, que foi um voto técnico. Vou em busca de diálogo no partido, que sempre teve ambiente democrático”.

    O vereador justificou que votou a favor do projeto, no entanto após análise jurídica da prefeitura, também concordou que se trata de algo inconstitucional. “Não cabe aos vereadores aumentar despesas ao município, principalmente neste momento difícil”. Ele também citou que a proposta era “autorizativa”, ou seja, pela posição da prefeitura, não seria implantada. “Para que criar expectativas erradas nos servidores?”.

    Aírton que faz parte do grupo político do deputado José Almi (PT), ainda lembrou que o PT deveria buscar “união” neste momento, e não conflito interno. “Já estou no segundo mandato e hoje sou o único representante da legenda na Câmara. Nosso objetivo deve ser recuperar o espaço no legislativo”.

    Projeto - A proposta que concedia adicional de insalubridade foi arquivada na Câmara Municipal, após os vereadores decidirem pela manutenção do veto da prefeitura. A disputa foi acirrada com 14 votos a favor (veto) e 13 contra. Para derrubar o veto eram necessários 15 votos.

    Fonte: CAMPO GRANDE NEWS
    Por: Leonardo Rocha



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