CAMPO GRANDE (MS),

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    20/07/2020

    PORTO MURTINHO| Obras de R$ 1,6 milhão começam em dique desabado

    O rompimento aconteceu em outubro de 2019

    Trecho rompido fica em frente ao porto-geral da cidade - Divulgação
    O dique de contenção de enchentes que circunda a cidade de Porto Murtinho começou a ser recuperado pelo Governo do Estado.

    Parte da contenção desabou em outubro do ano passado

    A obra, orçada em R$1,6 milhão, está prevista para ser concluída em novembro deste ano.

    O rompimento, numa extensão de 60 metros, foi ao lado do sistema de captação de água da Sanesul, e ocorreu por conta da força da água, agravado por infiltrações e erosão. 

    Na época do colapso na estrutura, o dique foi vistoriado pela Defesa Civil do Estado e Corpo de Bombeiros. 

    A obra está sendo executada pela empresa Bandeirantes, que contratou inicialmente dez operários para cumprir seu cronograma. 

    A segunda etapa do projeto prevê serviços de manutenção do dique, após a recuperação. Essa parte da obra está em fase de elaboração de projeto executivo, que está para ser concluído. 

    Inicialmente, a Agesul contratou a elaboração do projeto técnico para definir as intervenções emergenciais, que consistem na restauração e reforço da cortina de contenção do dique construído às margens do Rio Paraguai na década de 1980. 

    Os serviços estão na fase de escavações para sustentação da fundação da estrutura.

    Consideraram mudar a cidade de lugar

    O dique, construído em 1985 pelo Ministério dos Transportes, tem 9,7 quilômetros de extensão e circunda todo o perímetro urbano de Porto Murtinho, cidade que se ergueu na beira do Rio Paraguai há mais de 100 anos. 

    A cidade, além de se localizar próxima a margem de um rio, se encontra dentro de uma planície de inundação e de baixa declividade.

    A estrutura hidráulica foi uma decisão tomada após a população recusar a proposta de mudança do perímetro urbano para uma área mais distante do rio – cerca de sete quilômetros, local onde era construída a chamada Cidade de Lona para abrigar a população quando as grandes cheias do Rio Paraguai inundaram toda a comunidade. 

    A cidade ficou submersa nas enchentes de 1979 e 1982 e o dique suportou a de 1988, considerada recorde.

    Por: Gabrielle Tavares



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