CAMPO GRANDE (MS),

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    09/07/2020

    Em busca de transparência, deputado Contar pede compartilhamento de inquérito sobre governador

    ©DIVULGAÇÃO
    Buscando transparência e esclarecimentos sobre a administração pública de Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Capitão Contar apresentou requerimento de informações na sessão remota da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) desta quinta-feira (09).

    O requerimento, que tem como objetivo solicitar ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) o acesso às provas do indiciamento do governador, Reinaldo Azambuja, deve ser votado na próxima terça-feira (14), na Assembleia.

    A notícia de que o administrador do executivo estadual foi indiciado pelo PF (Polícia Federal) por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, tem sido amplamente divulgada na mídia, entretanto, os parlamentares pedem acesso aos documentos do inquérito para ter ciência sobre os supostos fatos anunciados.

    Em defesa do requerimento e para ter a oportunidade de analisar o assunto que diz respeito ao executivo estadual, o deputado Capitão Contar defendeu: “considerando o papel constitucional desta Assembleia Legislativa; considerando o dever de zelar e fiscalizar de cada um dos senhores deputados; considerando que ninguém está acima da Lei; E considerando a relevância e o interesse público do assunto em pauta; Além de estar seguindo o nosso Regimento Interno, respeitosamente, solicito aos nobres pares a sua aprovação para que possamos ter acesso à informação em sua íntegra”.

    O discurso dele foi acompanhado pelo parlamentar João Henrique Catan, que pediu a inclusão do nome no pedido do requerimento, que vê interesse público – da sociedade, para com os fatos anunciados. Além disso, Capitão Contar protocolou o pedido de compartilhamento de provas diretamente ao STJ e solicitou as informações do inquérito policial 1.190.

    Operação Vostok

    O governador Reinaldo Azambuja e seu filho, Rodrigo Azambuja, foram indiciados pela PF pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de organização criminosa. Azambuja é suspeito de ter recebido R$ 67 milhões em propina pagos pela JBS. Os cofres estaduais tiveram supostamente o prejuízo estimado em R$ 209 milhões com o esquema.

    A Operação Vostok nasceu de uma sindicância instaurada a partir da delação da JBS – à Lava Jato – que chegou ao conhecimento do MPF (Ministério Público Federal) e que foi convertida em inquérito, a partir de pedido do então vice procurador-geral da República, José Bonifácio Borges de Andrada, ao STJ.

    ASSECOM



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