CAMPO GRANDE (MS),

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    02/07/2020

    Consequências e estimativas para o Mercado Imobiliário Português durante o COVID

    ©GettyImagens
    A pandemia do coronavírus é um dos maiores eventos históricos na vida da grande maioria de pessoas. Continentes inteiros foram parados, a natureza recuperou muito do que antes era dela, e todos tivemos que nos adaptar a uma nova norma social. A grande "antropausa" afetou todos os aspectos de nossas vidas e, é claro, isso significa também ter um enorme efeito na economia. O mercado imobiliário, um dos mercados mais consideravelmente estáveis, também sofreu um enorme impacto. Isso é resultado de uma infinidade de fatores, desde o fechamento temporário de agências imobiliárias por serem negócios "não essenciais" até o afastamento do emprego de milhões de trabalhadores com economia insuficiente para fazer aluguel. Mas como a maior crise econômica desde o crash de 2008 afetou o mercado português? 

    No momento, o maior mercado afetado foram os mediadores e os agentes imobiliários, em comparação com os valores reais da propriedade. Cerca de 85% das agências imobiliárias fecharam suas portas e uma pesquisa realizada por dois especialistas imobiliários portugueses examinou o efeito que a crise teve no mercado, questionando diretamente os agentes imobiliários, os proprietários e os investidores, fornecendo uma fonte primária sobre o que realmente está acontecendo no mercado daqueles que a conhecem ao melhor. 

    Essa pesquisa revelou que enquanto 90% desses profissionais responderam que acreditavam que havia uma queda acentuada no interesse de seus clientes em comprar imóveis no momento, 69% dos clientes que estão tentando vender sua casa permanecem na agência. Isso indica que não haverá um "colapso do mercado imobiliário tanto do lado da compra quanto da venda do cliente". 

    Um relatório da JLL, uma empresa imobiliária americana, sobre as implicações nos mercados imobiliários globais parecia sugerir que o futuro permanece bastante brilhante. Embora os níveis de crescimento observados nos últimos anos, principalmente o aumento após a queda de 2008, não se demonstrem em 2020 e possivelmente não no futuro próximo, o relatório não previu uma queda violenta do mercado. De facto, no momento, os rendimentos estão se mantendo firmes no mesmo nível de antes do início dos bloqueios (mesmo que o aumento de meros 2% entre Fevereiro e Março de 2020 demonstrem uma fraqueza e estagnação momentâneas). 

    A pandemia teve um efeito maciço no mercado imobiliário e, além da queda de 2008, é a maior ameaça ao mercado do momento. Entretanto, à medida que nos aproximamos do fim dos bloqueios e quando os casos começam a cair, parece que o mercado imobiliário português resistiu aos trancos e barrancos. 

    Sustentado por fortes taxas de crescimento nos anos anteriores à pandemia, e mantendo-se estável durante toda a crise, parece pronto para voltar e continuar seu crescimento constante, especialmente se considerarmos o potencial turístico que traz tantos estrangeiros para o país fazendo com que muitos deles decidam instalar moradia no território lusitano graças à diversos benefícios como o Golden Visa e a qualidade de vida portuguesa em si.



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