CAMPO GRANDE (MS),

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    09/06/2020

    Para Eleições de 2020, Congresso desdobra inteligência do Marketing Político 4.0 decorrente da transformação digital

    Dias 22, 23 e 24 de junho, evento online gratuito aborda temas como fake news, inteligência geográfica, código binário e chatbots


    Organizado pela Agência de Marketing Político Digital, o Congresso de Marketing Político Digital para Eleições 2020 (CMPDE) reuniu palestrantes especialistas de diversas áreas que irão se aprofundar no uso de novas tecnologias aplicadas à campanha política, em como o Marketing Político 4.0 pode funcionar numa campanha eleitoral. O evento nacional online que acontece de forma gratuita entre os dias 22, 23 e 24 de junho, vincula a inteligência política ao digital destinado a políticos, partidos, candidatos, equipes e profissionais de comunicação: https://congresse.me/eventos/cmpde.

    Mais do que uma solução, o digital é agora, o principal caminho. Levando em conta a crise atual, os convidados especialistas explicam as mudanças e tendências que podemos prever este ano por parte dos candidatos e eleitores. Muito além das Lives nas redes sociais, os palestrantes dividem a assertividade das campanhas pelas novas estratégias e ferramentas.

    O publicitário Tiago Ribeiro, que já acompanhou o conteúdo e a transformação digital para empresas como CVC Brasil, McDonald's, Pernod Ricard, L'Oréal Paris e Coca-Cola, aborda o tema polêmico de Fake News e reputação de imagem digital. Saber utilizar metodologias para indenizar qualquer ruído ou transformar situações em oportunidade é o diferencial de hoje. “Na estrutura política, acredito que para 2020, o grande discurso será em torno da Ética, uma nova atitude das plataformas digitais deve chegar no Brasil, começando a verificar a autenticidade dessas falas. Vozes mais extremistas devem perder espaço no digital, como prova, a chegada da Sleeping Giants no país que mostra impacto da compra de mídia na reputação e faz com que empresas como Itaú, Brastemp, Consul, Avon, Jeep, Latam e Facebook se posicionem publicamente afirmando que vão rever suas políticas internas”, conclui.

    No Congresso, o convidado Maurilio Soares, especialista em Data Science na Mapfry e na Catho, fala sobre o uso de técnicas de geomarketing (inteligência geográfica) no planejamento de estratégias em campanhas políticas. Como tendência das pessoas reduzirem o deslocamento em consequência do momento atual, a comunicação deverá estar alinhada mais de forma regional, já que com mais tempo em casa, as pessoas terão maior percepção sobre os problemas do seu bairro. Além disso: “A polarização direita x esquerda geralmente tem relação com o tamanho da cidade. Cidades maiores tem a polarização mais perceptível e em cidades de médio e pequeno porte, os problemas locais ganham mais destaques do que preferências partidárias”, completa.

    Para Talita Soares que também ministra o evento online, consultora de Data Analytics na Fullbar Digital, a principal mudança de mindset nessa campanha será adequar estratégias com foco no Digital em todas as fases da Campanha. Os eleitores estarão muito mais exigentes devido ao cenário atual e cobrarão um posicionamento e propostas relacionadas a saúde e principalmente a empregabilidade, apoio às micro, pequenas e médias empresas. Na sua visão, as principais tendências previstas para as eleições de 2020 são maior aproveitamento das Mídias Sociais inclusive WhatsApp, combate a fake news e com isso maior fiscalização com relação a essas estratégias.

    Eduardo Correa, Country Partner Manager na SharpSpring Brasil, explica a importância em construir uma audiência própria e não depender apenas de audiências de terceiros como Google e Facebook. “Podemos prever uma aceleração da transformação digital que irá influenciar diretamente as eleições de 2020”. 

    Carlos Franco, autor dos livros O inferno de Zaragoza (Editora Francis) e A Bolsa dos Brasileiros (Bovespa), desdobra a forma correta de atuar na comunicação política com mais assertividade através do código binário: ainda que exista um cardápio de vários partidos, as questões são e serão sempre entre bem e mal, sim e não.

    Bruno Fazoli, Especialista em chatbots, NLP, Human Centered Design, fala sobre como os chatbots e assistentes virtuais podem ajudar a escalar comunicação com seus eleitores. “A grande mudança é entender que o digital tem que se tornar estratégia chave para o marketing político. Os eleitores se tornam ainda mais críticos e criteriosos para tomar uma decisão de voto mais assertiva”.

    Especialista em Gestão e Estratégias Eleitorais, Gladiston Pires dos Santos prevê mudança de data este ano para as eleições, podendo ser levada para 15 de novembro. “Podemos ver o fim dos comícios, e o principal, a substituição de grande parte de cabos eleitorais, que muitas vezes serviam apenas para jogar "santinhos" na porta das casas, ou balançar bandeiras em esquinas, dará lugar a pessoas influentes em mídias digitais, designers gráficos e pesquisas de campo. Eu trocaria 10 cabos eleitorais por apenas um profissional de marketing digital, isso é economia”, conclui.

    Para acompanhar mais infos e outros palestrantes: https://congresse.me/eventos/cmpde.



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