CAMPO GRANDE (MS),

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    26/03/2020

    CAPITAL| Retirada gradual de bloqueio dependerá de evolução dos casos, diz prefeito

    Campo Grande já tem 240 notificações e 24 casos do coronavírus confirmados

    Comércios permanecem fechados durante pandemia do coronavírus
    Após pronunciamento em cadeia nacional do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a população começou a questionar sobre a suspensão da quarentena, usada para frear o avanço do novo coronavírus no Brasil. Em Campo Grande, por meio de decreto, somente estabelecimentos de serviço essencial estão abrindo normalmente e a reabertura dos demais comércios dependerá do quadro de evolução do vírus na Capital.

    Atualmente o município tem 24 casos de coronavírus confirmados e ainda investiga outros 15. “Eu tenho que ver essa curva. Se houver crescente de casos não haverá nenhuma mudança. Se houver estabilidade e diminuição a gente pode ver em doses homeopáticas”, disse o prefeito Marcos Trad (PSD), sobre a abertura de estabelecimentos como lojas de roupas, cosméticos e eletrônicos. 

    Tanto a prefeitura da Capital quanto o Governo do Estado monitoram diariamente o avanço do vírus em Mato Grosso do Sul e por meio das estatísticas decidem as ações de combate. Segundo Trad, o Executivo Municipal vai respeitar o período dos decretos publicados (quarentena; toque de recolher; suspensão do transporte), que é de cerca de 15 dias e deve acabar no começo de abril. 

    O prefeito se reuniu na tarde de ontem com representantes do comércio, Ministério Público do Trabalho (MPT) e Consórcio Guaicurus - administradora do transporte coletivo - para discutir sobre as ações de retomada do atacado e do varejo.

    Representantes da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) levantaram a questão sobre um possível colapso da economia e pediram flexibilização dos decretos.

    “O prefeito se mostrou sensível, e nos ouviu. Tenho certeza que o próximo encontro levaremos soluções para os comerciantes”, relatou Roberto T. Oshiro Júnior, representante da ACICG.

    Já Cândice Gabriela Arosio, do Ministério Público do Trabalho (MPT), informou que o Ministério está à disposição para intermediar os diálogos entre os trabalhadores e os comerciantes.

    “Estamos aqui para encontrar soluções, um meio termo. Precisamos entender que as medidas de prevenção foram tomadas sob uma necessidade para que os números de casos não aumentassem. A prefeitura fez isso com todo respaldo legal. Neste momento, precisamos avaliar as necessidades de todos e encontrar soluções”, explicou Cândice.

    Ficou definido que os casos precisam ser monitorados e serão reavaliados durante uma nova reunião que está marcada para este fim de semana. Até esta quarta-feira (25), Campo Grande registrava 240 notificações.

    Fonte: CE
    Por: Eduardo Miranda, Fábio Oruê



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