Decreto suspende atendimento presencial, na prática, o fechamento de lojas em Campo Grande
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Na Rua 14 de Julho, lojas fechadas e ruas vazias ©Marcos Maluf |
No primeiro dia em vigor, o decreto que determinou o fechamento do comércio de Campo Grande mudou o cenário na região central da cidade. Apenas farmácias, postos de combustíveis e lanchonete, liberados na norma, estão em atividade.
O decreto foi publicado em edição extra no dia 19 de março, entrando em vigor hoje (21) até dia 5 de abril e suspende atendimento presencial em estabelecimentos comerciais. Na prática, isso significa o fechamento, por impossibilitar o trabalho.
Somente estão liberados os hipermercados, mercados, conveniências, distribuidores de gás, água mineral, padarias, lanchonetes, restaurantes e postos de combustíveis.
A reportagem circulou na região central e constatou que o decreto foi respeitado pelos comerciantes. Na Rua Rui Barbosa, no trecho entre as avenidas Mato Grosso e Afonso Pena o funcionamento de clínica odontológica, posto de combustíveis e lanchonetes.
Na Avenida Afonso Pena, mesmo perfil de empresas estavam em funcionamento. Na Avenida Calógeras, um sapateiro estava com a porta entreaberta, mas o trabalhador, que não quis ter o nome divulgado, disse que mora no imóvel e ninguém apareceu no local.
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Kátia se assustou com o vazio do central, mas disse que entende ©Marcos Maluf |
A faqueira Kátia dos Santos, 37 anos, ficou assustada em ver o centro da cidade vazio. “Sempre venho e isso aqui tá lotado”, lembrou. Apesar da frustração, achou a medida válida se for para evitar a proliferação do novo coronavírus.
Hoje saiu para comprar medicamento, mas logo voltaria para casa para providenciar a ida do filho para fazenda, na casa de parentes.
O mestre de obras Enildo Teixeira, 47 anos, trabalhava em uma loja que está sendo montada na Rua 14 de Julho e também concordou com a medida. “É válido fechar, é bom ver que estão obedecendo esta ordem”. O lado ruim é não ter ninguém trabalhando. “Mas para evitar o mal, é o correto e vendo isso, as pessoas começam a ter noção de que o problema é sério”.
Por Silvia Frias e Clayton Neves

