CAMPO GRANDE (MS),

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    27/03/2020

    Bolsonaro elogia protesto e diz que ministro não pode fazer o que dá na cabeça

    Presidente ao lado do ministro da saúde, durante entrevista coletiva no dia 18 de março ©Revista IstoÉ
    O presidente Jair Bolsonaro é taxativo de que o Brasil tem que adotar o isolamento vertical para enfrentar a pandemia do coronavírus. Questionado se não deveria deixar o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta dar as diretrizes sanitárias, ele respondeu que no governo dele cada um não tem o poder de fazer “o que dá na cabeça”.

    Em entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, ele apontou que os ministros precisam seguir a linha de pensamento dele, citando sua posição em relação às armas. ‘Não há liberdade total”, insistiu.

    Segundo ele, há debates com ministros e “muitas vezes eu ganho”. Emendou, ainda, que “ninguém é dono da sua posição aqui”, citando que também já desautorizou determinações em outras pastas, como do Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes.

    O presidente disse que seguirá interferindo, uma vez que ele é “o comandante do navio”.

    Bolsonaro elogiou carreatas e atos desencadeados hoje, após sua manifestação a favor do fim do isolamento total das pessoas para evitar a proliferação da Covid-19. Disse que são movimentos fantásticos. “Impossível que prefeitos e governadores não vejam o que está acontecendo”, pontuou.

    O governo produziu uma campanha clamando pela retomada das atividades econômicas mesmo com a pandemia ainda começando a se espalhar no País, com a produção de uma peça publicitária que se tornou pública hoje.

    Mais cedo, o Ministério da Saúde divulgou a confirmação de 15 mortes desde ontem causadas pelo coronavírus, totalizando 92, com 3.417 doentes no País. 

    Por Maristela Bruneto



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