CAMPO GRANDE (MS),

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    11/03/2020

    BNDES apresenta lucro recorde e acelera o apoio à estruturação de projetos de concessões e privatizações

    ©DIVULGAÇÃO
    • Resultado representa crescimento de 164% em relação a 2018
    • Venda de participações societárias totalizou R$ 16,5 bilhões, com lucro bruto de R$ 11,4 bilhões
    • Banco fechou o ano com uma carteira de estruturação de 57 projetos de concessões e privatizações que vão melhorar a vida da população brasileira
    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresenta os resultados financeiros e sociais de suas operações em 2019 nesta quarta-feira (11/3). No ano, o Banco registrou lucro líquido de R$ 17,72 bilhões, um crescimento de 164% em relação a 2018 (R$ 6,71 bilhões). Em 2019, foi criada a fábrica de projetos de concessões e privatizações que vai beneficiar diretamente a população brasileira com saneamento, transporte, saúde, educação e segurança, assim como emprego, renda e tributos. O banco fechou o ano de 2019 com uma carteira de 57 projetos, que devem gerar um investimento total de R$ 176 bilhões na economia brasileira.

    “A nossa performance financeira é algo relevante, mas em se falando do BNDES, mais importante do que isso é o quanto ele gera de lucro social, como desenvolve o Brasil, ou melhor, a vida dos brasileiros”, disse durante a apresentação à imprensa e convidados o presidente do BNDES, Gustavo Montezano.

    Os projetos de financiamento aprovados pelo Banco no ano passado contribuirão com o aumento de 1.773 MW na capacidade de geração energética (sendo 1.208 MW em fontes renováveis), volume suficiente para atender 14,6 milhões de habitantes. Esses projetos também implicam a implementação de 13.304 novas ligações de esgoto e 1.434 de água. Ainda em saneamento, os sete projetos de estruturações de concessões capitaneadas pelo BNDES - junto aos Estados de Alagoas, Acre, Amapá, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, além das cidades de Cariacica (ES) e Porto Alegre (RS) - vão levar água e esgoto a 20,8 milhões de pessoas.

    O diretor de Infraestrutura, Concessões e PPPs, Fabio Abrahão, apresentou os projetos de concessão e privatização em estruturação pelo banco, revelando a expectativa de expansão nos próximos meses, principalmente dos empreendimentos de estados e municípios. “O setor de saneamento básico vai ter o maior destaque neste ano. Vamos levar a leilão este ano um conjunto de ativos, com Alagoas, Acre, Amapá e Rio de Janeiro”, disse Abrahão.

    Esses avanços estão em linha com o Plano Trienal do BNDES, que estabeleceu as 15 principais entregas do Banco entre 2020 e 2022 com base em um mapeamento dos principais desafios da economia e da sociedade brasileira. Nas próximas divulgações, o Banco atualizará os status de cada uma das entregas.

    O desempenho financeiro de 2019 é atribuído principalmente à venda de ações, que renderam R$ 16,5 bilhões ao BNDES, com lucro bruto de R$ 11,4 bilhões – destaque para incorporação da Fibria pela Suzano, ocorrida no primeiro semestre.

    Ativos – O ativo do Sistema BNDES totalizou R$ 728,2 bilhões em 31 de dezembro de 2019, apresentando queda de R$ 74,3 bilhões (9,3%) no exercício. A redução resultou principalmente do pagamento antecipado de R$ 100 bilhões em dívidas com o Tesouro Nacional.

    A carteira de crédito somou R$ 441,8 bi em 31 de dezembro de 2019. No ano, essa carteira registrou declínio de R$ 55,3 bilhões (11,1%) em razão do volume de recebimentos que superou os desembolsos em R$ 90,2 bilhões.

    A diretora financeira, Bianca Nasser, mostrou que, do total de desembolsos no ano passado, a parcela de empréstimos destinada a pequenas e médias empresas chegou a 46% do total. Entre recursos destinados a grandes empresas, eles estão mais concentrados em infraestrutura e exportações.

    O nível de inadimplência (que considera atrasos superiores a 90 dias) melhorou, desconsideradas as operações com honra da União, pois apresentou queda no período, passando de 1,67% em 31 de dezembro de 2018, para 0,84%, em 31 de dezembro de 2019, abaixo do índice do Sistema Financeiro Nacional (2,92% em 31 de dezembro de 2019).

    A carteira de participações societárias em coligadas e não coligadas alcançou R$ 111,9 bilhões em 31 de dezembro de 2019. A posição representa um crescimento de R$ 17,250 bilhões (18,2%) no ano, a despeito das alienações relevantes ocorridas no primeiro semestre – como Petrobras, Vale e Fibria. O incremento se deveu principalmente à valorização dos papeis de sociedades não coligadas, com destaque para Petrobras e Eletrobras.

    Fontes de recursos – Em 31 de dezembro de 2019, os recursos do FAT e do PIS Pasep representavam 43% das fontes de recursos do BNDES (em 2018, eles totalizavam 36%). Já o Tesouro Nacional representava 27% do total (no ano anterior o montante equivalia a 38%).

    Pagamento ao Tesouro – Em 2019, o BNDES contribuiu com R$ 142,2 bilhões ao Tesouro, sendo R$ 123 bilhões relativos à dívida com a União (R$ 100 bilhões de antecipação e R$ 23 bilhões em pagamentos ordinários), R$ 9,5 bilhões a título de dividendos e R$ 9,7 bilhões na forma de tributos.

    Solidez – O Índice de Basileia subiu de 29,0%, ao final de dezembro de 2018, para 36,8%, em dezembro de 2019, acima dos 10,5% exigidos pelo Banco Central. Essa melhora foi resultado tanto do aumento do patrimônio de referência, quanto da redução dos ativos ponderados pelo risco.

    ASSECOM



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