CAMPO GRANDE (MS),

  • LEIA TAMBÉM

    26/02/2020

    Trabalhadores de MS estão sendo passados para traz na hora de rescisão contratual, denuncia sindicalista

    José Lucas da Silva, presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso – Feintramag MS/MT.
    Trabalhadores de Mato Grosso do Sul de diversas áreas estão sendo enganados por empregadores, principalmente nas rescisões contratuais. Isso porque esses acertos não precisam mais da presença de representantes dos sindicatos das categorias laborais, como previa a legislação que mudou com as reformas Trabalhista e Sindical. A denúncia é de José Lucas da Silva, presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso – Feintramag MS/MT.

    Com as reformas uma vitória do empresariado brasileiro, muitas coisas mudaram e foram drásticas para os trabalhadores e ao movimento sindical que saiu enfraquecido, sem os recursos necessários para a sua manutenção. E essa alteração, que acabou com a presença de patrões e empregados na sede do sindicato para efetuar as rescisões contratuais, foi um duro golpe para o trabalhador que agora faz o acerto na própria empresa.

    “Como grande parte dos trabalhadores não têm muito conhecimento sobre seus direitos e não podem arcar com despesas de um advogado trabalhista ou outro especialista para acompanha-lo nessa hora na empresa para fazer o acerto final, muitas empresas acabam se aproveitando disso e logrando o trabalhador”, denuncia José Lucas. Ele não tem estatísticas de casos em Mato Grosso do Sul, mas garante que está acontecendo. Diversos casos já foram relatados por trabalhadores por todo país. 

    José Lucas disse ainda que fica muito difícil qualquer ação a posteriori porque a própria legislação é dura com o trabalhador. Ou seja, se ele assina qualquer documento na empresa dando por certo a rescisão, não tem como depois entrar na justiça.

    A Feintramag apela para que os trabalhadores, de todas as áreas, procurem se conscientizar dessas e de outras questões e também da importância dos sindicatos, os únicos e legítimos representantes dos trabalhadores, e procurem se filiar a eles para que sobrevivam e tenham forças para lutar pelos seus interesses.

    Sem a presença dos sindicatos para defender os direitos e conquistas dos trabalhadores, os trabalhadores serão cada vez mais penalizados. Terão seus salários cada vez mais achatados e todos os direitos conquistados, aos poucos, vão desaparecer.

    Quanto aos problemas de direitos violados, principalmente na hora da rescisão contratual, José Lucas da Silva levanta o problema e espera que políticos e Ministério Público do Trabalho encontrem logo uma solução para que o trabalhador não continue sendo prejudicado.

    ASSECOM



    Imprimir