CAMPO GRANDE (MS),

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    14/02/2020

    Poupar dinheiro quando sobra é erro grave ao cuidar das finanças

    Investir todos os meses é um hábito que precisa ser fortalecido, independentemente da quantidade de contas a pagar 

    ©DIVULGAÇÃO
    Em 2019, após nove meses de alta constante no número de endividados brasileiros, um decréscimo foi identificado no mês de outubro. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), promovida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 64,7% do total de famílias relatou ter dívidas no mês avaliado, contra 65,1% observados até setembro do mesmo ano. 

    Apesar do número positivo, esse percentual ainda é maior em relação aos dados de 2018. Na época, 60,7% dos brasileiros se revelaram endividados. Dados como estes mostram que ainda muitas famílias estão com as suas finanças comprometidas por longos anos, sem perspectiva de melhora. Sendo assim, por onde iniciar – de fato – uma mudança positiva na vida financeira? 

    A melhor resposta para esta dúvida pode ser, também, a mais intrigante: investindo. Mas, como poupar ou investir quando há dívidas a serem pagas? De forma simplificada, o ideal é estabelecer a prática de poupar dinheiro como uma prioridade. Isto é, assim que receber o salário, separe a quantidade desejada para esta ação, e só então inicie o pagamento de dívidas e/ou novas compras. Com esse primeiro passo, os próximos são sequenciais: 

    Faça uma reserva de emergência. Uma reserva de emergência é fundamental para quem deseja abandonar as dívidas. O principal benefício desta ação é que, se algo acontecer, você já terá guardado ou investido uma quantia para este fim, e não precisará usar o cartão de crédito, o cheque especial ou fazer um empréstimo, por exemplo. As recomendações de especialistas, inclusive, indicam que a reserva de emergência seja o primeiro investimento. 

    Entenda para onde vai seu dinheiro. Outro passo importante é entender para onde o seu dinheiro está indo. Ler o extrato bancário precisa ser um hábito mensal para identificar os gargalos das finanças. Há, por exemplo, tarifas de conta bancária e anuidade de cartão de crédito? Abrir uma conta digital livre desses encargos não seria mais viável? Há assinaturas que você está pagando sem usar, como academia e serviços de streaming? Contas de água e luz, que você entende como contas fixas, não podem ser reduzidas com ações de economia? 

    Tenha um objetivo para o seu dinheiro. Além de poupar somente quando sobra dinheiro, outro erro muito comum é não ter um objetivo definido para o valor guardado. Sem definir metas, qualquer oportunidade para gastar o dinheiro serve e, nesse ponto, muitas chances se perdem em relação a rentabilidade de investimentos e realização de sonhos. 

    A melhora da vida financeira não acontece instantaneamente quando falamos sobre novos hábitos. Por isso, é essencial ter etapas bem definidas e não desistir no meio do caminho. Faça contas, crie possibilidades, renegocie dívidas, corte gastos e estabeleça prioridades. 



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