CAMPO GRANDE (MS),

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    09/01/2020

    MDB quer nome forte em Campo Grande e recuperar força no interior

    Além da Capital, o partido terá candidatos para disputar a chefia do Executivo em Corumbá, Naviraí, Aquidauana, Coxim e Paranaíba

    Convenção estadual do MDB, em dezembro do ano passado, na Adepol, reuniu lideranças do partido como o ex-governador André Puccinelli e a senadora Simone Tebet ©Kisie Ainoã
    Os primeiros dias de 2020 são de análise para o MDB. Depois de perder espaço político em Mato Grosso do Sul nas duas últimas eleições, o partido inicia o ano eleitoral com a missão de restaurar a força da legenda no Estado. A meta é lançar um candidato forte para disputar a Prefeitura de Campo Grande, dobrar a bancada na Câmara Municipal e eleger, no mínimo, 20 prefeitos no interior.

    “Tirei essa semana para isso e estou fazendo um diagnóstico do partido no Estado, onde temos candidatos fortes, onde temos algum problema de divisão interna. Para assim ter um diagnóstico preciso e definir os próximos passos”, detalhou o presidente estadual do MDB, ex-presidente da Assembleia Legislativa, Júnior Mochi. “Entendemos que não ter um candidato em 2016 em Campo Grande foi muito prejudicial ao MDB e não podemos repetir o erro”, analisou.

    Para Campo Grande, o nome do deputado estadual Márcio Fernandes vem sendo cotado pelo partido desde o ano passado. “É o mais forte dos nomes que temos. Primeiro porque une a vontade pessoal dele em sair candidato, segundo porque ele já é um quadro MDB, é deputado estadual e terceiro porque ele sempre teve uma votação expressiva e sua base é em Campo Grande”, explicou Mochi. Apesar do indicativo, o nome só será confirmado em fevereiro.

    Em ano sem coligação, na disputa por cadeiras na Câmara Municipal, o partido pretende lançar chapa completa com 58 candidatos. Segundo Mochi, o MDB já tem 40 nomes confirmados.

    “Entre os nomes temos daqueles que já são vereadores [Loester Nunes de Oliveira e Wilson Sami], fora outros nomes de pessoas que já competiram”, disse. “Não temos nenhum candidato com um potencial eleitoral inferior a 1.500 votos”, exemplificou.

    A meta no legislativo municipal é dobrar a bancada na Casa e eleger no mínimo quatro vereadores para se aproximar da bancada do MDB em 2016, quando o partido tinha 5 parlamentares.

    Interior – Para articular as candidaturas no interior, as visitas são constante de acordo com Mochi. Além da Capital, o partido terá candidatos para disputar a chefia do Executivo em Corumbá, Naviraí, Aquidauana, Coxim e Paranaíba. “Vamos conseguir surpreender com o número”, afirmou o presidente estadual. “A expectativa é de no mínimo 20 prefeitos. Perdemos isso nas últimas eleições e pretendemos reconquistar”, completou.

    Em Três Lagoas, cidade de lideranças do MDB, como a senadora Simone Tebet e o deputado estadual Eduardo Rocha, o partido não deverá ter candidatura própria. Mochi explica que regionalmente o partido tem uma aliança com o PSDB e deve apoiar a reeleição do atual prefeito Ângelo Guerreiro. “Estamos respeitando essas lideranças. Sempre respeitamos os encaminhamentos locais”, disse. Segundo Mochi, as lideranças locais apontam que isso vai fortalecer o partido no poder legislativo.

    MDB – Na eleição municipal de 2016, o MDB não lançou candidatura própria para Executivo municipal de Campo Grande e não apoiou nenhum dos nomes da disputa. Para Câmara Municipal lançou chapa avulsa, que enfraqueceu o partido. O número de cadeiras caiu de cinco para duas, sem nenhuma reeleição.

    Já nas eleições de 2018 o partido perdeu representatividade na Assembleia Legislativa, que passou de seis para três deputados.



    Por: Fernanda Palheta



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