CAMPO GRANDE (MS),

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    10/01/2020

    Mãe presa por tortura diz que agrediu menino ao vê-lo sofrendo tentativa de estupro

    O menino e outros dois filhos foram encaminhados para um abrigo

    Criança tinha vários hematomas pelo corpo (Foto: Polícia Civil)
    Menino que tem quatro anos de idade e foi vítima de agressões pela mãe, de 25 anos, foi encaminhado com os outros irmãos de três anos e um bebê de oito meses para a Casa de Acolhimento de Corumbá. A mulher foi presa na tarde de quinta-feira (9) em Ladário, a 426 quilômetros de Campo Grande.

    A conselheira tutelar que atendeu ao caso, Rita de Cássia, deu detalhes sobre o ocorrido. Ela contou ao site Diário Corumbaense que foi até a casa da família com a conselheira Juciara Duarte após vizinhos escutarem o menino chorando e denunciarem.

    “Quando chegamos na casa, a mãe não estava, ela havia saído com o bebê de colo. Constatamos que o menino estava preso num quarto. Ele estava muito assustado e tremia muito. Logo depois, registramos o caso e acionamos a Polícia Civil e a mãe foi presa”, contou Rita.

    Ainda conforme a conselheira, a mãe confessou a agressão e disse que bateu no menino “num momento de raiva”. “Perguntamos se ela havia agredido o filho e disse que sim. O motivo, segundo ela, foi pelo fato de ter presenciado o garoto sofrendo uma tentativa de estupro e, no momento de raiva, agrediu a criança”, contou a conselheira.

    A criança, que tem quatro anos, tinha hematomas e lesões nas costas, rosto, orelhas e mãos, além de várias cicatrizes. “É visível que a criança aparentava ter sido queimada com cigarro, mas as queimaduras no braço, o próprio garoto disse que havia caído num fogo. O menino estava muito abalado”, disse Rita.

    Além dos três filhos, a mulher ainda teria mais duas crianças, que moram com os avós. O delegado responsável pelo caso, Luca Venditto, afirmou que a mulher permanece presa e deve passar por audiência de custódia. Ela responde pelo crime hediondo de tortura-castigo, que consiste em submeter alguém, sob sua guarda, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal.

    Fonte: Midiamax
    Por: Renata Portela



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