CAMPO GRANDE (MS),

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    30/01/2020

    Agricultura familiar está presente em 78% das terras rurais de Santa Catarina

    A agricultura familiar representa um fator de peso na economia do estado sulista Santa Catarina. Por lá, ela movimenta mais de R$ 10 bilhões em receita anual. 

    ©DIVULGAÇÃO
    Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no final de 2019, grande parte dos núcleos familiares catarinenses que possuem alguma terra dentro do estado, praticam a agricultura familiar como forma de sustento. 

    "Como esses lugares costumam ser mais afastados ou de difícil acesso, o mais comum é que a locomoção para os grandes centros ocorram por meio de empresas rodoviária. Ao comprar uma passagem de Ônibus pela Catarinense, por exemplo, o acesso é garantido com qualidade e segurança."

    Além da necessidade de se locomoverem com cautela, essas famílias precisam cuidar das suas terras e diversificar seus produtos. No estado, a agricultura familiar é tão forte que movimenta mais de R$ 10 bilhões de reais, em valor bruto. 

    Quer saber um pouco mais sobre a importância da agricultura familiar para o estado de Santa Catarina? Basta continuar a leitura!

    Um balanço da agricultura em Santa Catarina 

    Ter 78% das terras rurais de Santa Catarina produzindo por meio do sistema da agricultura familiar pode assustar as pessoas do resto do Brasil, mas para o próprio estado isso não é uma novidade. 

    Afinal, a agricultura familiar é cultural para os catarinenses. Para se ter uma ideia, 42% dos terrenos de plantio possuem menos de 10 hectares. Ou seja, são espaços pequenos, com uma gestão reduzida, que entregam grandes produtos. 

    No estado, existem mais de 500 mil produtores rurais, que se dividem entre agriculturas de subsistência, comercial e, obviamente, familiar. 

    Ainda de acordo com o IBGE, o valor bruto de produção agropecuária do estado foi de R$ 20,48 bilhões, apenas em 2017. Números extremamente altos e impressionantes. Com isso, a agricultura movimenta mais de 30% do PIB (Produto Interno Bruto) de Santa Catarina. 

    Incentivos que a agricultura familiar recebe pelo estado 

    O governo brasileiro possui alguns incentivos para quem possui terras rurais e pratica a agricultura familiar. O principal deles é o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). 

    Esse programa dá um “empurrãozinho” para as famílias que desejam aumentar a produção e modernizar o negócio. Tudo ocorre por meio de um financiamento de crédito cedido por bancos. 

    Dentro do Pronaf existem 8 subprogramas, sendo eles: 

    ● Pronaf Agroindústria: financia produtores rurais familiares, seja pessoa física ou jurídica; 

    ● Pronaf Mulher: financia a mulher agricultora dentro de uma família; 

    ● Pronaf Agroecologia: financia o investimento em sistemas de produção agroecológicos ou orgânicos; 

    ● Pronaf ECO: estimula a utilização de tecnologias de energia renovável ou outras formas de produção sustentável; 

    ● Pronaf Mais Alimentos: estimula a estrutura de produção para que a renda final seja maior; 

    ● Pronaf Jovem: financia o jovem agricultor oferecendo crédito para ampliar a produção; 

    ● Pronaf Microcrédito (Grupo “B”): estimula os agricultores que obtiveram, dentro de um ano, renda bruta familiar de até R$ 20 mil, 

    ● Pronaf Cotas-Partes: financia a integralização de cotas-partes por beneficiários do Pronaf associados a cooperativas de produção. 

    Agricultura familiar de SC se destaca no Brasil 

    O Brasil é referência mundial quando o assunto é agricultura familiar. Se, no passado, ela era considerada atividade de subsistência, atualmente, representa mais de 50% da alimentação consumida no país. 

    Além disso, por ser uma produção estruturada, possui um faturamento de US$ 55,2 bilhões no Brasil. Em termos mundiais, o Brasil ocupa a 8ª posição de países com maiores produtores no sistema. 

    Em termos nacionais, Santa Catarina é o 4º maior quando falamos de agricultura familiar. No ranking, o estado do Sul perde apenas para Pará, Paraná e Bahia. 

    A ONU (Organização das Nações Unidas) classifica o modelo de negócio como sustentável, tendo poucos impactos ambientais. Ainda de acordo com a organização, ele é responsável por 80% de todo o alimento produzido no mundo. 




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