Projeto com financiamento do BID tem entrega da primeira fase com revitalização da 14
Inauguração aconteceu nesta sexta-feira ©DIVULGAÇÃO |
O ato de entrega oficial da rua contou com discurso do prefeito Marquinhos Trad (PSD) e outros políticos, além de queima de fogos. Após o ato, os shows que começaram por volta das 18h em palco montado na Avenida Afonso Pena continuam. O grupo Balão Mágico é a atração principal da noite.
Antes do discurso, Marquinhos Trad ressaltou que entregou a obra antes do prazo sem qualquer questionamento sobre superfaturamento. O prefeito também listou o que compreende a obra que está sendo entregue nesta sexta. “Estamos entregando o paisagismo, o wi-fi gratuito, área para descanso, segurança, lâmpadas de LED, faixa para transporte coletivo e as calçadas largas para as famílias”. Quando falou no palco, Marquinhos foi aplaudido pelo público.
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) também participou do ato de inauguração e chegou a ser vaiado pelo público no início do discurso. Reinaldo afirmou que a obra transformou a Rua 14 de Julho em um shopping a céu aberto. “Trabalhamos para isso, é fruto de uma parceria entre o Governo e a prefeitura. Sabemos dos problemas causados, mas hoje vemos que valeu a pena”, completou.
Além do prefeito e governador, deputados estaduais, federais, vereadores, líder religioso e o senador Nelsinho Trad participam do ato de inauguração da 14 de Julho.
Do papel à obra
Orçado em R$ 49.238.507,65 milhões, o projeto do Reviva Campo Grande vai muito além de dar uma cara nova à principal rua do comércio central. A ideia que baseou todo o projeto – que começou a ser efetivamente construído em 2010 – nasceu da vontade de literalmente ‘reviver’ o centro da cidade, fazendo com que as pessoas voltem a morar no coração da Capital.
O contrato inicial com o BID (Banco Interamericano do Desenvolvimento) era de R$ R$ 49,2 milhões, no entanto, em razão de aditivo publicado em setembro deste ano, no valor de R$ 11.216.603,21, o valor total da obra ficou em R$ 60.455.110,03.
© FRANCISCO BRITTO |
Apostando no sucesso de um futuro projeto de revitalização do Centro, o município decidiu à época, utilizar parte desses recursos para dar início a projetos de engenharia, arquitetura e audiências públicas com campo-grandenses. Todo esse processo ocorreu durante os anos de 2013, 2014 e 2015.
A burocracia envolvendo a liberação de verbas para a realização do projeto era grande e envolveu até autorizações da União e do Senado Federal, em razão dos recursos serem originários de órgão financeiro internacional. A autorização do Governo Federal para a contratação dos recursos saiu no segundo semestre de 2013 e após quase dois anos de estudos de viabilidade, a aprovação do Senado saiu em setembro de 2015.
Uma crise política envolvendo cassação do então prefeito Alcides Bernal, a gestão de Olarte por mais de 1 ano e a volta de Bernal até o término do mandato em 2016 atrapalhou o andamento do projeto e fez com que o reviva ficasse praticamente engavetado por quase 9 meses.
A assinatura da operação de crédito, ou seja, efetiva liberação dos R$ 49,2 milhões só aconteceu em maio de 2017, já na gestão de Marquinhos Trad (PSD). Com o dinheiro na mão, teve início então processo de licitação da obra e das equipes que gerenciam toda a fase de execução do projeto. A ordem de serviço para o primeiro passo prático do Reviva Campo Grande foi assinada em maio de 2018 e as obras começaram em 6 de julho de 2018.
Após a conclusão da 14, obras nas ruas transversais a ela também terão andamento. A última etapa da revitalização envolve a construção de prédios habitacionais na região da Orla Morena.
A ideia do projeto é que as pessoas voltem a viver no Centro, humanizando um espaço que há muitos anos ficou reservado para lojas e poucos moradores. O prazo final para o uso do recurso internacional e finalização de toda a obra é o primeiro semestre de 2022.
Fonte: Midiamax
Por: Aliny Mary Dias, Mariane Chianezi e Nyelder Rodrigues