CAMPO GRANDE (MS),

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    11/10/2019

    Congresso da Mulher Trabalhista reforça motivação do PDT-MS

    Evento homenageou figuras históricas e iniciou preparativos para eleições municipais 

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    Com homenagens a personalidades históricas locais e nacionais – entre elas duas ativistas dos direitos humanos, a socióloga baiana Lícia Peres e a escritora e jornalista Pagu (Patrícia Galvão) -, a Ação da Mulher Trabalhista do PDT-MS realizou com sucesso no sábado (06/10) seu primeiro congresso. O evento, no auditório do Sinterpa (Sindicato dos Trabalhadores em Instituições de Extensão Rural, Pesquisa, Assistência Técnica, Serviços Agropecuários e Afins), mobilizou expressivo número de mulheres e lideranças partidárias e sociais com debates, oficinas de arte e manifestações artístico-culturais. Um dos focos é preparar e mobilizar as lideranças para as eleições de 2020.

    O deputado federal Dagoberto Nogueira, presidente do Diretório Regional, e o ex-deputado Leite Schimidt, estavam entre os dirigentes que prestigiaram a iniciativa., assim como as líderes da AMT Nacional e Estadual, Miguelina Vecchio e Professora Madalena Pereira da Silva; a diretora da Fundação Leonel Brizola, Rosemeire Farias; e Verônica Nogueira, do Diretório Estadual. As palestrantes, delegada Sidnéia Aparecida Tobias e a advogada Ritva Vieira, abordaram o enfrentamento da violência contra as mulheres e a história de lutas e o empoderamento feminino.

    Coube a Leyde Pedrosso e representantes de vários municípios a condução das oficinas e o curso de artesanato. A direção estadual deu posse às diretorias de mais de 20 unidades municipais da AMT. Entre as mulheres homenageadas por sua participação na história do PDT sulmatogrossense, estavam a ex-secretária de Turismo, Nilde Brum, e a ex-diretora do Detran/MS, Marlene Nogueira.

    Leite Schimidt considerou admirável a capacidade das mulheres do PDT para organizar e conduzir um evento com esta magnitude. “Mobilizar dezenas de municípios para um encontro de segmento partidário, e feminino, demonstra que as chamas do trabalhismo democrático e da afirmação humanista estão mais vivas do que antes”, exclamou.
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    Por sua vez, Dagoberto Nogueira destacou o interesse na vinculação entre os grandes exemplos do passado e as lutas no presente para criar perspectivas de futuro em pautas como as políticas afirmativas. Ele elogiou o conteúdo e as propostas do evento: “É de fundamental importância homenagear as nossas referências históricas. São exemplos que alimentam o dia-a-dia de um partido que sempre soube valorizar a mulher. Elas vêm ocupando fortemente os espaços na política e isso vai se refletir nas eleições que estão vindo pela frente, a partir do ano que vem. Por isso, eventos dessa natureza contribuem com o fortalecimento da luta pelo empoderamento feminino, que é uma das bases do nosso ideário”.

    ELAS À FRENTE – A delegada aposentada da Policia Civil, Sidnéya Tobias, parabenizou a iniciativa: “Estão de parabéns a Ritva Vieira e demais organizadoras. As mulheres do PDT ganham e os homens também. Não há rivalidade, há busca de espaços para melhorar a sociedade”, disse. Sobre sua palestra, salientou que a violência é tema muito amplo e procurou demonstrar que uma das principais violências que a mulher comete é quando não vota em outra mulher, tornando-se vítima de si própria. “São muitos casos de violência familiar, nas ruas, no trabalho, estupros, lesões, ameaças físicas, sexuais, psicológicas. A própria mulher pode mudar isso, disputando e ocupando lugares estratégicos, sobretudo na política”, defendeu. 

    Para Nilde Brum – homenageada pela vivência pedetista, uma das primeiras a dirigir o movimento da AMT -, esse trabalho é resultado de uma construção coletiva e é imprescindível ter o reconhecimento do partido e da sociedade. “Valoriza as mulheres, dá a ela uma dimensão da importância de seu papel. Na política, as principais decisões acontecem no núcleo dos partidos. E isso nos leva a lutar para reforçar nossa presença no diverso cenário de decisões”.

    Madalena Pereira da Silva disse que o congresso foi imaginado e preparado com o intuito de fortalecer a presença da mulher na política, além de estreitar a relação entre as militantes, como no caso da investidura das diretorias municipais da AMT. “Temos dificuldades para ir a cada município dar posse às diretoras. Aqui pudemos fazer isso com mais de 20 municípios. O partido se fortalece e prepara as companheiras, que estão dispostas e qualificadas, sobretudo para as eleições de 2020”, avaliou.

    Ritva Vieira, presidenta da AMT Municipal, fez um balanço positivo e disse que todo o partido ficou motivado. “O I Congresso foi um marco histórico, ao reunir as lideranças femininas, preparar e abrir sua visão sobre sua importância como ser social e político”, frisou. “A mulher pedetista só depende de si para fomentar no conjunto da sociedade a consciência sobre a importância de questões como, por exemplo, o voto em candidaturas femininas. Nossa representação nas casas legislativas e nos executivos está muito aquém da nossa presença quantitativa e qualitativa na sociedade” completou.

    Marlene Nogueira, outra histórica militante do PDT, com mais de 20 anos de ativismo, vê o partido vivendo um momento de revigoração. “Precisamos ter memória e história. Ideia muito boa a de referenciar as mulheres que já passaram por nossos quadros. Somos de um partido íntegro, sem se envolver em qualquer escândalo. É um diferencial. E a mulher precisa ter seu espaço, ampliá-lo no arco dessa diferença. A direção do PDT apoia nosso movimento e os demais que compõem o partido: o comunitário, o negro, o indígena”. 

    Thaís Crepaldi Nogueira, presidente da AMT de Três Lagoas, visualiza mais avanços a partir de iniciativas como a do congresso. “Podemos notar o esforço na organização, muito bem apresentado, palestras pertinentes com a realidade em Mato Grosso d Sul, a situação da mulher no mercado de trabalho, contextualizando com a situação mundial, sobretudo nos casos de violência doméstica e de discriminação. O encontro foi dos mais produtivos, demonstrou a força da mulher trabalhista”, concluiu.
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    Por: Édson Moraes




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