Governador defende projeto que altera contratação de docentes temporários e vê, também, efeitos para as finanças do Estado
Reinaldo afirma que salário de convocados será 10% superior ao piso nacional. (Foto: Kísie Ainoã) |
“O (professor) convocado, que é aquele que atua temporariamente, além de trabalhar por um ano e mais um, vai receber 10% acima do piso nacional (do magistério), uma coisa que 20 Estados nem dão conta de pagar”, destacou Reinaldo, após entrega de cobertores e agasalhos a municípios, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande.
Hoje, os contratos dos temporários são firmados por dia letivo e pagos apenas nos meses em que há aulas. A proposta aprovada na Assembleia, segundo seus defensores, prevê também aos convocados benesses como 13º salário, férias proporcionais e estabilidade de até cinco meses para professoras gestantes, entre outros. Por outro lado, substitui o atual sistema de chamada dos docentes por processos seletivos simplificados com validade de 12 meses, prorrogável por igual período.
O governador disse entender as críticas de setores como a Fetems (Federação dos Trabalhadores na Educação de Mato Grosso do Sul), que apontam perdas salariais para os convocados, mas salientou que a medida, que dará mais transparência às convocações, também terá efeitos nas finanças em um momento em que a economia não mostra reação.
“O Brasil tinha perspectiva de crescer 3% neste ano e talvez chegue no fim do ano negativamente. Isso também faz as receitas dos Estados caírem. É hora de tomar atitude para não deixar de cumprir outras obrigações, como pagar salários em dia e fazer os investimentos necessários”, disse, apontando que Mato Grosso do Sul não só já paga o piso nacional do magistério para os servidores efetivos, como acresce 80% do valor nos salários. “E 20 Estados nem o piso pagam”.
“Entendo que ninguém gosta de perder nada, mas o momento impõe a necessidade de o Estado tomar atitude, e assim fizemos”, prosseguiu Reinaldo, segundo quem, até 2025, os professores concursados receberão 100% acima do piso nacional. “Tomamos uma atitude que vai permitir equilibrar melhor as finanças, garantir no fim do ano o 13º para todo mundo e que vamos continuar pagando em dia”, complementou.
Fonte: campograndenews
Por: Humberto Marques e Tainá Jara