Pesquisas mostram que o aminoácido pode ter efeito positivo na redução de glicose no sangue e na circunferência abdominal
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A glutamina é um aminoácido produzido pelo nosso corpo e também presente em alguns alimentos e em forma de suplemento alimentar. Já foi comprovado que ela tem um importante papel na síntese de proteína, fornecimento de energia e fortalecimento do sistema imunológico. Mas você também sabia que ela pode auxiliar no tratamento de diabetes?
Os portadores dessa doença possuem um nível menor de glutamina no sangue do que pessoas sem diabetes. Por este motivo, pode ser recomendado uma suplementação desse aminoácido produzido também pelo nosso organismo. Outras pesquisas também mostraram efeitos positivos no consumo desse nutriente para pessoas com alto índice de glicose no sangue.
Aproximadamente duas horas depois de uma refeição, o comum é que a quantidade de glicose no sangue esteja relativamente baixa. Em pessoas com diabetes, no entanto, ocorre o contrário -- os índices são mais altos em diabetes do tipo 2. No tratamento da doença, o ideal é que a glicose fique entre 70 e 100mg/dL. A partir de 100mg/dL em jejum ou 140mg/dL duas horas após as refeições, o indivíduo é considerado com hiperglicemia. Já quando o índice está abaixo de 70mg/dl, hipoglicemia.
Estudos mostraram que a ingestão de glutamina antes das refeições pode prevenir a glicemia mais elevada, o que pode colaborar para o tratamento da doença. Em outra pesquisa, feita em ratos de laboratório induzidos ao desenvolvimento de diabetes, notou-se que a taxa de morte das células nervosas do intestino era menor naqueles que consumiam o aminoácido. Mas essa última não é tão conclusiva, visto que o teste pode produzir outro resultado com humanos.
Outra dificuldade desses estudos com glutamina e diabéticos é o número de participantes. Uma pesquisa observou o índice glicêmico de 53 pessoas com a doença entre 42 e 58 anos. Eles foram separados em dois grupos, sendo 27 pessoas com um consumo diário de 30g de glutamina, enquanto os outros 26 consumiram placebo. Observou-se uma redução no pico de glicose dos voluntários que fizeram a ingestão do aminoácido, além de redução na circunferência abdominal.
O estudo foi positivo e trouxe informações animadoras, mas o número baixo de participantes obriga a comunidade médica a ter cautela com os resultados. Em suma, o ideal, por ora, para quem tem diabetes é ter acompanhamento médico constante para avaliar os melhores tratamentos e alternativas de forma individual.