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Mais de 10 mil professores, estudantes e trabalhadores de Mato Grosso do Sul, de diversas áreas, solidários às universidades públicas brasileiras que sofrerão duro golpe com o corte de 30% de seus orçamentos e contra também à reforma da Previdência (PEC nº 6/2019), foram para as ruas na manhã desta quarta-feira em Campo Grande, na Greve Nacional da Educação. Desde as primeiras horas da manhã eles ocuparam parcialmente a Avenida Costa e Silva, em frente ao campus da UFMS, com carros de som, faixas, cartazes e muita indignação e revolta contra o Governo Bolsonaro que estaria determinado a acabar com a educação pública brasileira.
O SISTA/MS (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Institutos Federais de Ensino de MS) ao lado de diversas outras entidades como ADUFMS, ANDES, Fetems, ACP e inúmeras outras, estiveram na organização do evento que contou com ampla cobertura da imprensa do Estado e apoio da opinião pública. Centenas de motoristas, motociclistas e pedestres que passaram pelo local da manifestação foram solidários ao movimento, pois entendem também que a educação é a base do desenvolvimento do país e que sem ela, a Nação está fadada a não crescer, não prosperar e seu povo, empobrecer.
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“O país inteiro está dando uma grande demonstração ao Governo de que ele está errado ao mexer com a educação. Não tem como cortar investimento desse setor. Pelo contrário, ele (governo) teria que investir muito mais”, critica Waldevino Basílio, coordenador geral do SISTA-MS. Ele disse também que o Brasil tem sido obrigado a importar “cérebros” porque não tem produzido a quantidade de mentes brilhantes para alavancar seu desenvolvimento.
Basílio disse que enquanto o Governo insiste em privilegiar os ricos e os grandes banqueiros, se esquece de que as universidades não se limitam a formar bons profissionais para o mercado, como também geram emprego e renda e atuam em áreas importantes para a comunidade, como na saúde, na economia, assistência social e outras.
No manifesto na manhã (histórica) desta quarta-feira em Campo Grande, durante a concentração compareceram lideranças de sindicatos, federações, centrais sindicais, políticos e cidadãos comuns que tiveram oportunidade de se manifestar falando aos presentes. Por volta das 10 horas eles começaram a se deslocar pela Avenida Costa e Silva, subindo até o pontilhão, fazendo o retorno no sentido bairro/centro e indo em direção ao Terminal Morenão, onde seguiram carros de som com manifestações públicas para denunciar e ganhar a opinião pública sobre o problema que o país enfrenta na área da educação, com as investidas do governo com medidas contrárias ao desenvolvimento do setor.
Manifestações semelhantes foram realizadas nos 26 estados brasileiros e também no Distrito Federal, numa demonstração de “descontentamento profundo com os sucessivos ataques do governo, contra o desmonte e o retrocesso e em defesa da permanência de uma educação de qualidade, gratuita e acessível”, observa Cléo Gomes, coordenadora do SISTA/MS.
ASSECOM