Segundo Hashioka, intenção é diminuir disparidades salariais
Secretários levaram projeto de manutenção do abono nesta quarta à ALMS ©Maisse Cunha |
Segundo Hashioka, a intenção da administração estadual é diminuir as disparidades salariais entre os salários dos servidores. “A partir de amanhã, seguimos conversando com os servidores por carreiras para corrigir essas disparidades, que ficam na base e no topo dos salários do Estado. É uma possibilidade de melhora das bases, mas as carreiras vamos discutir para mudanças em um futuro próximo, assim que as coisas melhorarem”.
O secretário destacou que a preocupação é pagar as contas em dia. “Para este ano, não vamos poder fazer a revisão anual. Se fizéssemos de qualquer forma poderíamos prejudicar as contas públicas e eventualmente até realizar pagamento de salário de forma parcelada”. Se o reajuste fosse feito, teria que ser pago a todas as categorias e, segundo Hashioka, é preciso se atentar a quem ganha menos.
De acordo com os dados do governo, em janeiro e fevereiro as contas estavam positivas, mas houve estagnação a partir de março e até mesmo queda após este período. “Somente em abril houve queda de 5,6%, o que representa cerca de R$ 40 milhões em arrecadação”, pontuou.
O abono, segundo Hashioka, representa 13,3% do salário das faixas de pagamento de R$ 1,5 mil e 10% para quem recebe até R$ 2 mil, a segunda menor faixa salaria da administração estadual. “Com a permanência do abono, alguns cortes no custeio terão que ser feitos”.
Presidente da ALMS, o deputado Paulo Correa (PSDB) destacou que os deputados contribuíram dentro do possível para fazer a ponte na negociação salarial. “A Comissão Especial, capitaneada pelo líder do governo, deputado Barbosinha, buscou uma resposta rápida para o reajuste”, disse. A Casa espera aprovar o projeto apresentado nesta quarta pelo Executivo ‘o mais rápido possível’, ´para que o abono permaneça no próximo mês no salário dos servidores.
Reajuste nas bases
Levantamento feito pela SAD (Secretaria de Estado de Administração) aponta que a média salarial dos servidores estaduais atualmente é de R$ 4.791,26, valor 144,45% maior do que a média salarial do brasileiro, que atualmente ganhar R$ 1.960, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Apesar disso, de acordo com o titular, um dos problemas do Governo do Estado é resolver as desigualdades encontradas dentro da máquina pública. “No Brasil a desigualdade social deve ser resolvida, e isso não é diferente no serviço público, onde tem suas desigualdades. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, a base da pirâmide salarial hoje está muito longe do topo”, declarou.
Fonte: campograndenews
Por: Evelin Cáceres e Maisse Cunha