CAMPO GRANDE (MS),

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    12/03/2019

    Não tem como comemorar Dia da Mulher com assassinatos bárbaros, diz Marçal

    Deputado sugeriu medidas para ajudar a diminuir índices de violência contra mulher ©Luciana Nassar
    Três casos de feminicídio ocorridos no último fim de semana em Mato Grosso do Sul, levaram o deputado estadual Marçal Filho (PSDB) à tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (12) a dizer que não há o que comemorar sobre o Dia internacional da Mulher. O parlamentar sugeriu a implantação de medidas adotadas em outros estados do país e que estão ajudando a diminuir os índices de violência contra mulher.

    “Infelizmente depois de falar tanto desse assunto, tivemos três assassinatos de mulheres no fim de semana, um número alarmante. Uma foi assassinada por esganadura, outra com 36 facadas e a outra atropelada. Não dá para comemorar o Dia da Mulher com assassinatos bárbaros em MS”, disse o parlamentar.

    Para combater esse tipo de violência, o deputado apresentou algumas medidas que podem ser implantadas. “Vou sugerir ao Governo do Estado a adoção de medidas que já apresentaram êxito em outros estados, como por exemplo, reuniões semanais com os autores da violência, para refletir sobre o tema; rede de atendimento e proteção às mulheres; acompanhamento das condutas dos profissionais envolvidos na apuração e julgamento desses casos; e aplicativo de celular que possui botão do pânico para que as delegacias ou batalhões de polícia recebam esse chamado, com a localização da vítima, e desloquem a viatura mais próxima”, enumerou.

    Para o deputado, é preciso copiar o que deu certo. Ele lembrou que a atual composição da Assembleia Legislativa de Mato grosso do Sul é 100% masculina, mas independente disso, os deputados têm o dever de representar as mulheres com responsabilidade. Marçal Filho é autor da Frente Parlamentar de Defesa da Mulher, da Criança e do Adolescente, que neste mês será lançada oficialmente na Assembleia Legislativa.

    Em um ranking de 83 países, o Brasil ocupa a quinta posição entre as nações com o maior índice de homicídios femininos. O direito a viver sem violência, seja ela qual for, é um direito fundamental e que as mulheres do Brasil tiveram reconhecido apenas em 2006, com a criação da Lei Maria da Penha. A lei foi um grande passo, mas apesar dela, ainda existe um enorme desafio a vencer.

    Investir em educação, conforme o deputado Marçal, é também uma das principais ações que poderiam ajudar a reduzir a violência contra a mulher. Seja em casa ou na escola, o assunto precisa estar em pauta.

    ASSECOM



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