CAMPO GRANDE (MS),

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    20/11/2018

    Policiais federais são presos por vender entrada de estrangeiros no País

    'Coiotes' facilitavam entrada e garantiam transporte de imigrantes até SP

    PFs ''coiotes agiam dentro do Posto Esdras, último limite na fronteira com a Bolívia em Corumbá ©DIVULGAÇÃO
    A Polícia Federal no Mato Grosso do Sul deflagrou, na manhã desta terça-feira (20), operação onde foi desmantelado esquema capitaneado por falsas empresas de turismo no posto de controle imigratório em Corumbá. Dois agentes da Polícia Federal foram presos pela venda de “pacote” aos estrangeiros que desejavam entrar no País cobrando, além do transporte até São Paulo, taxas para não precisar passar pela fiscalização imigratória.

    Na gíria habitual dos criminosos, os suspeitos que fazem esse tipo de serviço são conhecidos como 'coiotes'.

    O estratagema criminoso também era composto por despachantes das “empresas de turismo”. Os dois PFs eram do setor administrativo e facilitavam a entrada irregular dos estrangeiros.

    Os valores cobrados diferiam por imigrantes, sendo que, inclusive, estrangeiros com impedimento ou com multa vigente tinham seus registros adulterados, de forma a permitir o ingresso em território nacional.

    A prática criminosa consistia no desvio de documentos de imigração (conhecidos como “tarjetas”), os quais eram entregues aos despachantes que vendiam no “pacote” aos estrangeiros que desejavam entrar irregularmente no País.

    Após essa fase, os documentos eram inseridos nos sistemas de controle, burlando totalmente as regras estabelecidas, permitindo com que indivíduos ingressassem sem qualquer tipo de fiscalização.

    Imigrantes com impedimentos ou multas tinham seus dados alterados para permitir o acesso ao território nacional.

    Estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão, por cerca de trinta policiais federais.

    A operação foi batizada de Caronte, pois esse personagem mitológico era um barqueiro que somente atravessava as pessoas para outro plano mediante o pagamento de uma moeda, em alusão à corrupção praticada para permitir acesso ao território nacional.

    Fonte: CE
    Por: RAFAEL RIBEIRO


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