CAMPO GRANDE (MS),

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    23/11/2018

    Pedro Chaves vê com preocupação nome escolhido para Ministério da Educação

    O senador, que é empresário do ramo da educação, diz, porém, que o colombiano Ricardo Velez Rodriguez pode fazer um bom trabalho

    O senador Pedro Chaves (PR) ©DIVULGAÇÃO/ARQUIVO
    É com preocupação que o senador de Mato Grosso do Sul Pedro Chaves (PSC) enxerga a nomeação do colombiano Ricardo Vélez Rodríguez para o Ministério da Educação, nome anunciado nesta sexta-feira (dia 23) pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).

    Chaves participa de evento no Hospital de Câncer, em Campo Grande, com a presença, também do ministro Carlos Marun (MDB), da Casa Civil. Para o parlamentar, empresário do ramo da educação, o viés ideológico do futuro ministro tem de ser tratado “com muito cuidado”. “Sinto que ele é extremamente radical de direita e educação tem de ser tratada com muito cuidado”.

    Apesar da preocupação, o senador diz que a formação do futuro ministro, que inclui filosofia, cursos, doutorado, além da estrutura do Ministério, dá condição de fazer “um bom trabalho”.

    Mesmo assim, Chaves afirma que o “ideal” seria que o escolhido tivesse o apoio das confederações, escolas, universidades, enfim, todos os envolvidos na área educacional.

    “O bom ministro é o que sabe conviver. O educando precisa ter conhecimento de todas as linhas, não só de direita, mas entender como funciona a esquerda, do que a doutrina Marxista tem de conhecer”, explicou o senador sobre um “ministério denso” e a escolha do ministro representar entrave em determinados segmentos.

    Escola Sem Partido

    “É um equívoco tremendo”, segundo o senador. Para ele, não tem condição de a medida, que restringe discussão de temas de política, sexualidade e religião, nas escolas, ser aplicada.

    A indagação ao senador foi sobre a discussão que, com a eleição de Bolsonaro, tomou mais força, justamente por ser ele um dos principais defensores.

    “Não podemos levar política partidária. Mas a experiência do professor tem de ir junto, se não vira um robô”.

    Governo Estadual 

    Cogitado para assumir uma agência de desenvolvimento no governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), no segundo mandato, o senador disse que ainda está em conversações. 

    Ele chegou a cer citado como o novo nome para a educação, mas voltou a afirmar que Maria Cecília Amendola da Mata, atual secretária de Educação de Mato Grosso do Sul, deve permanecer na pasta, no próximo mandato.


    Fonte: campograndenews
    Por: Mayara Bueno e Humberto Marques



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