CAMPO GRANDE (MS),

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    06/10/2018

    Reinaldo conclui obras de ex-governadores e acaba com desperdício de dinheiro público

    ©Divulgação
    Quando assumiu o Governo de Mato Grosso do Sul em janeiro de 2015, Reinaldo Azambuja tinha um enorme desafio pela frente: concluir 215 obras inacabadas de gestão anteriores. Para pôr fim ao desperdício de dinheiro público e entregar as benfeitorias à população, ele criou o programa “Obra Inacabada Zero”.

    Mesmo com a crise financeira brasileira, o esforço deu resultado: 211 construções foram concluídas e entregues. São pontes, rodovias, quartéis do Corpo de Bombeiro; ampliações e reformas de escolas, delegacia de polícia, bibliotecas, Centros de Educação Profissional, novos blocos da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), agências fazendárias e laboratórios científicos, entre várias outras edificações.
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    Outras três serão finalizados até o final deste ano. A única que sobra é o Aquário do Pantanal. “Como gestor público, não posso colocar minha impressão digital em uma obra cheia de denúncias, de corrupção e de desvio de dinheiro”, afirma Reinaldo.

    Apesar de entender que é melhor fazer hospitais e escolas do que aquários, o governador Reinaldo Azambuja propôs um acordo com Poder Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas para terminar a construção da estrutura de 10 mil m² colocada no Parque das Nações Indígenas, na Avenida Afonso Pena. O objetivo do acordo é simples: se respaldar contra possíveis irregularidades cometidas pela administração anterior e evitar que o Aquário fique ainda mais caro. O acordo não foi fechado até o momento e a construção ainda está paralisada.

    Múmias e faraós

    A obra faraônica foi investigada por suspeita de superfaturamento e fraudes pela Polícia Federal, Controladoria Geral da União e pelos Ministérios Públicos estadual e federal. A PF comprovou que houve má gestão e superfaturamento. O MP também encontrou indícios de superfaturamento e pediu a condenação de duas empresas e seis pessoas. Orçado inicialmente em R$ 84 milhões, o Aquário do Pantanal já consumiu duas vezes mais (R$ 200 milhões) do que o seu valor original e se transformou em um monumento à falta de planejamento e mau uso do dinheiro público.
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    Enquanto isso, o dono do projeto, o ex-governador André Puccinelli, permanece atrás das grades por conta de desdobramentos da 5ª Fase da Operação Lama Asfáltica, que investiga desvio de recursos usados em obras públicas. Ele foi preso junto com seu filho, André Puccinelli Júnior, e com o advogado João Paulo Calves no dia 20 de julho, pela Polícia Federal.

    História antiga

    Algumas construções entregues por Reinaldo Azambuja começaram a ser erguidas há mais de duas décadas - quase o mesmo tempo de edificação da maior pirâmide do Egito, a de Quéops. Esse é o caso do Hospital do Trauma, que começou concluído pelo governador e começou a operar em setembro deste ano.

    Só a título de comparação: a Torre Eiffel, em Paris, com 10 mil toneladas e 300 metros de altura, levou só dois anos para ficar pronta. A construção do Cristo Redentor, cartão postal do Brasil, demorou 10. E a Estátua da Liberdade, presente da França para os EUA, foi construída em 20.

    Caminhos do turismo

    Mais obras do programa criado por Reinaldo Azambuja foram entregues em setembro. Uma delas é a Estrada do Curê, o trecho da MS-178 que liga dois importantes destinos: Bonito e Jardim. São 17 quilômetros da rota que já são utilizados por turistas e moradores da região.

    A pavimentação começa antes do aeroporto e segue até à transposição do rio da Prata. Todas essas são apenas algumas das construções iniciadas em administrações anteriores e que faziam de Mato Grosso do Sul um cemitério de obras inacabadas. Hoje, o cenário mudou. As obras só são iniciadas com dinheiro em caixa como garantia de que os investimentos serão concluídos.

    ASSECOM


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