A Procuradoria Geral da República solicitou neste sábado (31) ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), a revogação das 13 prisões da Operação Skala, que, entre outros, prendeu dois amigos do presidente Michel Temer.
As prisões temporárias dos alvos da operação terminariam na próxima segunda-feira (2). A decisão para soltar os presos caberá ao ministro Barroso, relator do inquérito que investiga se Temer beneficiou com um decreto empresas do setor portuário em troca de propina.
Ao pedir a revogação, a PGR afirma que o objetivo das prisões, de instruir as investigações em curso, já foi cumprido.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, explicou no pedido que todos os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos, exceto as prisões de três sócios do Grupo Libra – Rodrigo Borges Torrealba, Ana Carolina Borges Torrealba Affonso e Gonçalo Borges Torrealba –, que estavam no exterior "mas dispostos a se apresentarem à autoridade policial tão logo retornem".
Operação Skala
A operação que levou à prisão amigos de Temer, empresários e um ex-ministro foi deflagrada pela Polícia Federal na última quinta (29).
Foram presos pela PF:
- José Yunes, advogado, amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer
- Antônio Celso Grecco, empresário, dono da empresa Rodrimar
- João Batista Lima, ex-coronel da Polícia Militar de São Paulo e amigo de Temer
- Wagner Rossi, ex-deputado, ex-ministro e ex-presidente da estatal Codesp
- Milton Ortolan, auxiliar de Wagner Rossi
- Celina Torrealba, uma das donas do Grupo Libra
- Eduardo Luiz de Brito Neves, proprietário da MHA Engenharia
- Maria Eloisa Adensohn Brito Neves, sócia nas empresas MHA Engenharia e Argeplan
- Carlos Alberto Costa, sócio fundador da Argeplan e ex-sócio da AF Consult Brasil
- Carlos Alberto Costa Filho, sócio da AF Consult Brasil
Por Camila Bomfim, TV Globo, Brasília

