CAMPO GRANDE (MS),

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    © Divulgação
    A Polícia Federal divulgou os nomes dos oito presos que voltarão a cumprir prisão a partir desta sexta-feira (9), e que estavam livres graças a um Habeas Corpus expedido em 2016, após a deflagração da Operação Fazendas de Lama, 2ª fase da Lama Asfáltica.

    Foram cumpridos as prisões preventivas do ex-deputado federal e ex-secretário estadual de obras, Edson Giroto, do empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, do ex-deputado estadual Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano, e do empresário Flávio Henrique Garcia Schrocchio.

    A Justiça Federal também decretou a prisão domiciliar da médica Mariane Mariano de Oliveira, filha de Beto Mariano, da sócia de João Amorim, Elza Cristina de Araújo dos Santos, da esposa de Giroto, a empresária Rachel Rosana de Jesus Portela Giroto e da filha de João Amorim, Ana Paula Amorim Dolzan.

    Os quatro presos preventivos se apresentaram de forma espontânea na sede da PF, manhã desta sexta-feira (9), e serão encaminhados, ainda hoje, para o Centro de Triagem da Capital.

    Já os mandados de prisão domiciliar foram cumpridos por oficiais de justiça nas casas das quatro mulheres presas, que serão obrigadas a ficar recolhidas 24hs dentro das residências. A saída só poderá acontecer com autorização judicial.

    A Polícia Federal divulgou que será a responsável por fiscalizar se as quatro presas estão, de fato, cumprindo a determinação da Justiça. Aos agentes será permitida a entrada nas residências para verificar se elas obedecem a prisão domiciliar.

    Fazendas de Lama

    Deflagrada em 2016, a Operação Fazendas de Lama investigou a existência de uma organização criminosa especializada em desviar recursos públicos, inclusive federais, atuante no ramo de pavimentação de rodovias, construções e prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica. Os contratos sob investigação envolviam mais de R$ 2 bilhões.

    Os policiais encontraram indícios de procedimentos utilizados pelos investigados na aquisição de propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas, resultando também em crimes de lavagem de dinheiro.

    Apenas em Mato Grosso do Sul foram detectados 66 mil hectares em fazendas que teriam sido compradas pelo grupo, nos municípios de Rio Negro, Corumbá, Aquidauana, Anastácio, Jaraguari e Figueirão, além de propriedades em cidades no interior paulista.

    Segundo o delegado da Receita Federal, Flávio de Barros Cunha, o grupo usava familiares como laranjas. Eles abriam empresas e faziam a distribuição de lucros.

    Outros quatro contratos da gestão Puccinelli para manutenção de estradas pavimentadas e não pavimentadas no município de Campo Grande, e dois lotes da pavimentação da MS-140 entre a Capital e Santa Rita do Pardo, também estão no alvo das investigações, com suspeita de fraudes.

    A ação, que envolveu 201 policiais federais, 28 da Controladoria Geral da União e 44 da Receita Federal cumpriu 28 mandados de busca e apreensão , bem como 24 mandados de sequestro de bens dos investigados, dentre eles imóveis rurais e urbanos e contas bancárias. A operação ainda apreendeu dois aviões, um do empreiteiro João Amorim e outro do empresário João Baird.

    Fonte: Midiamax
    Por: Ludyney Moura e Richelieu Pereira


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