Polícia analisa imagens e vai ouvir testemunhas para identificar suspeitos
Em coma induzido na Santa Casa de Campo Grande, o agiota Salem Pereira Vieira, 36 anos, seria peça chave de inquérito que apura o crime onde ele foi vítima de emboscada e levou seis tiros, na última sexta-feira (2), em Campo Grande.
Delegado responsável pelo caso, Gustavo Bueno, da 5ª Delegacia de Polícia Civil, disse ao Portal Correio do Estadoque as investigações estão no início e, até o momento, nenhum suspeito foi identificado.
“Da nossa parte, ele [vítima] seria uma fonte importante de informações, mas diante da impossibilidade, a polícia está buscando outras fontes”, disse o delegado.
Conforme Bueno, imagens de câmeras de monitoramento nas proximidades de onde ocorreu o crime foram apreendidas e estão sendo analisadas para tentar identificação de um veículo que aparece no vídeo e, dessa forma, chegar até a identidade dos suspeitos.
Testemunhas já estão sendo intimidas e começarão a ser ouvidas nesta semana. Segundo o delegado, o inquérito está no início.
Vítima continua internada na Santa Casa de Campo Grande e a assessoria de imprensa do hospital informou que a família proibiu, hoje, a divulgação de qualquer informação sobre o estado de saúde. Até ontem, quando ainda não havia a proibição, Salem estava em coma induzido e o estado era considerado grave.
O CRIME
Vieira foi baleado na manhã do dia 2 de fevereiro, próximo a uma creche localizada na Rua Jaime Ferreira Barbosa, no bairro Guanandi. Na ocasião, a vítima estava em um veículo Renault, levando o filho de 3 anos até a instituição, quando foi atingido por seis disparos.
Testemunhas informaram à Polícia Militar que dois homens, em um Voyage preto, chegaram, efetuaram os disparos e fugiram em seguida.
Ele foi atingido no tórax, clavícula, axilas e braço direito.
AGIOTA
Salem que auxiliou nas investigações que levaram o ex-prefeito Gilmar Olarte a condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele é conhecido por ser uma das peças chaves na denúncia da operação que recebeu o nome de Coffee Break, um esquema de “compra e venda” de votos feito em 2014 para cassação do mandato do então prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) e posse do vice Gilmar Olarte.
Em 2014, o agiota tentou invadir a igreja do ex-prefeito e pastor evangélico Gilmar Olarte, no Bairro Coophamat. Na ocasião, Salem desacatou dois guardas municipais na tentativa de “pegar o prefeito” durante um culto, mas foi contido.
Em 2015, Vieira respondeu pelo crime de usura, que está ligado à cobrança excessiva de juros, situação típica da prática de agiotagem.
Fonte: CE
Por: LAUCEA VACCARI
Por: LAUCEA VACCARI

