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    12/01/2018

    ARTIGO| A nota do Brasil e o “discurso” de Temer

    Por: Victoria Ângelo Bacon*
    Toda mentira acaba se tornando uma verdade quando essa for impregnada como tal. Não para a equipe do governo Michel Temer que assistiu assustada a nota do Brasil ser rebaixada ao menor nível da década no último dia 11 de janeiro Standard & Poor's a mais respeitada instituição do Mundo em análise de risco. 

    Com o rebaixamento da véspera, o Brasil fica três níveis abaixo do grau de investimento, uma espécie de selo de bom pagador. O país perdeu o selo em setembro de 2015. A situação é mais grave que possamos imaginar visto que novos investimentos do capital exterior deixarão de serem implantados no Brasil.

    Claramente a notícia do rebaixamento é a bomba atômica nas hastes do Bunker de Temer. A economia não vai bem como a equipe de Meirelles (candidato ao Planalto) quer mostrar à população brasileira com cansativas vinhetas no horário nobre da televisão brasileira em todos os canais abertos e alguns fechados. O marketing foi para o ralo com a notícia inesperada da agência de classificação e riscos.

    Os bons dados da economia divulgados pelo Planalto são a meu modo de analisar o universo político brasileiro são uma espécie de sonho de água doce num deserto infinito. A informação recente do Ministério da Fazenda comandada por Henrique Meirelles – MDB de que houve queda na inflação é o “tapa na cara” mais elegante da República. Tivemos consecutivos reajustes nos preços dos combustível, gás, energia, água que acabam refletindo diretamente na produção e escoamento dos alimentos e seu resultado final (os supermercados).

    Temer delira? Não sei. A única certeza que o atual “presidente” da República fadou e enterrou seu destino político em São Paulo onde se projetou arrastado pela coligação do PMDB. Michel Temer nunca, jamais ou de forma alguma seria eleito pelo voto majoritário. Ele cumpre uma agenda de reformas impopulares e incertas. O problema da economia não está na Reforma da Previdência. Sua aprovação interessa a um seleto grupo que detém o poder econômico e político do Brasil. 

    A verdadeira Reforma está na ética, nos altos salários dos três poderes e, principalmente, na escolha dos que comandarão esse país nos próximos anos num futuro incerto e temeroso para as próximas gerações. Temer enfraquece em seu próprio ninho político. Escapou de um impeachment por duas vezes em 2017, porém, não escapará dos acervos das mídias sociais e das páginas dos jornais e seus bastidores como o pior presidente da vasta história da Republica Brasilis. 

    A impopularidade do atual governo que aos trancos e barrancos tenta sobreviver do “nada hipotético” gera a popularidade de Lula e Bolsonaro criando a bipolarização para as eleições e seus discursos nos próximos meses. A economia via mal. A política pior. O Brasil sem esperança de dias melhores! 

    *Secretária Executiva e Jornalista.


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