CAMPO GRANDE (MS),

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    17/01/2018

    Acordo que permite conclusão do Aquário do Pantanal é assinado

    Documento traz aval do MP e do Tribunal de Contas para contratação direta de empresa sem licitação

    Reinaldo Azambuja falou hoje cedo que só faltavam assinaturas para acordo sobre Aquário do Pantanal.(Foto: Saul Schramm)
    Está assinado o documento relativo ao acordo entre Governo do Estado, MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e TCE (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) que dá o aval para a retomada da obra do Aquário do Pantanal, em Campo Grande. Faltava isso para que o Executivo faça uma contratação direta da empresa que vai concluir o empreendimento, que virou um problema para o governo, após quase 7 anos do lançamento. 

    A informação sobre a assinatura do acordo, que havia sido antecipada pelo site Campo Grande News, foi dada pelo secretário de Infraestrutura, Marcelo Miglioli. A previsão é que já na segunda-feira, comecem as tratativas para a empresa que será contratada iniciar os serviços. A reportagem apurou que já existe uma empreiteira definida e só faltava o aval do MP-MS e do TCE. 

    O governo afirma ter em mãos R$ 37 milhões para a execução das últimas etapas. O valor total é estimado em R$ 230 milhões. O Aquário foi planejado para ter 24 tanques, somando um volume de água de aproximadamente 6,2 milhões de litros e 12.500 animais subdivididos em mais de 260 espécies.

    Hoje cedo, em Maracaju, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), informou que só faltava a assinatura. Reinaldo, que oficialmente está de férias até o dia 26, deve participar amanhã do anúncio do acordo para término da obra emblemática. Conforme o governador, foi apresentada planilha com os gastos.

    Obra problemática

    O Aquário do Pantanal, que leva a assinatura do renomado arquiteto Ruy Ohtake, começou em fevereiro de 2011, quando a Egelte Engenharia venceu licitação para construir o Centro de Pesquisa e de Reabilitação da Ictiofauna Pantaneira, nome oficial do aquário, por R$ 84 milhões.

    Em 2014, a construção foi repassada em subempreita para a Proteco Construções. O então governador André Puccinelli (PMDB) informou que se tratava de um “mutirão cívico” para concluir o empreendimento. Contudo, gravações da operação Lama Asfáltica, realizada pela PF (Polícia Federal, apontam uma frenética negociação para que a obra trocasse de mãos e ganhasse aditivo de R$ 21 milhões.

    Em 2016, o empreendimento voltou para a Egelte. Entretanto, apesar da reativação de contrato, a obra não caminhou de fato. Em 22 de novembro de 2017, o governo estadual confirmou o rompimento do contrato com a Egelte, alegando que a empresa não tinha condições de concluir a obra.

    O valor da contratação já havia sido reajustado em 25%, limite máximo previsto na Lei de Licitações. Uma decisão da 3ª Vara de Fazenda Pública de Campo Grande já cobrava a extinção do contrato.

    Segunda colocada na licitação, a Travassos e Azevedo havia cotado, em 2011, seus serviços em R$ 88 milhões. Chamada para assumir o serviço em novembro último, ela recusou o contrato.

    Fonte: campograndenews
    Por: Marta Ferreira


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