Governador de São Paulo vai comandar a sigla pelos próximos dois anos. Encontro não deve ter definição sobre participação no governo Temer nem sobre apoio à reforma da Previdência.
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Políticos tucanos discursam em convenção que oficializará Geraldo Alckmin presidente do PSDB (Foto: Bernardo Caram, G1) |
A convenção do PSDB que vai aclamar o governador paulista Geraldo Alckmin presidente do partido pelos próximos dois anos teve início neste sábado (9) por volta das 9h20.
Até a última atualização desta reportagem, Alckmin ainda não havia chegado ao centro de eventos de Brasília no qual está sendo realizado o evento partidário.
Apesar de o PSDB viver indefinições em relação à participação no governo Michel Temer e ao apoio à reforma da Previdência, integrantes da cúpula do partido afirmaram ao G1 que não serão tomadas na convenção decisões em relação a esses dois assuntos.
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o presidente Michel Temer, durante evento no dia 2 de dezembro, em Limeira (SP) (Foto: Alan Santos, PR) |
A ascensão de Alckmin à presidência do PSDB é vista por tucanos como uma tentativa de unificar a legenda, que rachou nos últimos meses em razão de divergência sobre o apoio ao governo e também por conta das denúncias contra o presidente licenciado da sigla, o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Geraldo Alckmin será o quarto tucano a comandar o partido em 2017. Em maio, Aécio se licenciou da presidência do PSDB após a divulgação de gravação na qual ele pede R$ 2 milhões ao executivo da JBS, Joesley Batista.
O senador Tasso Jereissati (CE) ficou na presidência interina da sigla até o início de novembro, quando foi destituído por Aécio. Também provisoriamente, Alberto Goldman assumiu o cargo até a eleição na convenção nacional.
Aclamação
Após acordo feito entre os membros do partido, Alckmin será candidato único para assumir a presidência do PSDB. A votação, prevista para o fim da manhã desde sábado, será feita de maneira eletrônica, com comprovante em papel para dupla checagem do resultado. Um total de 580 membros da sigla estão habilitados a votar.
Para o líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), o nome de Alckmin traz unidade partidária após crises vividas pelo partido, como a denúncia contra Aécio e o racha sobre a permanência da sigla no governo.
“A convenção é um reestabelecimento da unidade do partido e de suas lideranças. O consenso que se formou entorno do governador Geraldo Alckmin é uma demonstração de que ele produz unidade partidária”, afirmou.
Por Bernardo Caram e Laís Lis, G1, Brasília
