CAMPO GRANDE (MS),

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    19/12/2017

    MST vai montar acampamento em Porto Alegre para julgamento de Lula

    Ação terá início já no início de janeiro, como ficou definido após 18º Encontro Estadual do movimento, realizado entre os dias 13 e 15 de dezembro

    © Ricardo Stuckert / Divulgação
    Durante o 18º Encontro Estadual do MST do Rio Grande do Sul, realizado de 13 a 15 de dezembro na antiga fazenda Annoni, em Pontão, na região norte do estado, o movimento definiu que montará um acampamento na cidade de Porto Alegre no mês de janeiro de 2018.

    A decisão integra as principais ações que foram projetadas pelo MST durante os três dias de encontro, para serem executadas nos próximos dois anos. Ela foi tomada por cerca de 800 sem-terra, que representaram cerca de 15 mil famílias assentadas e acampadas no território gaúcho.

    Conforme Cedenir de Oliveira, dirigente estadual do movimento, o acampamento será montado devido ao julgamento em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex do Guarujá.

    A audiência ocorrerá no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) no dia 24 de janeiro de 2018. “A nossa militância, tendo consciência da gravidade da luta política do próximo período, decidiu que ocupará Porto Alegre para defender que eleição sem Lula é uma fraude”, argumenta.

    Além da decisão política de ocupar a capital gaúcha, o MST definiu que vai massificar seus acampamentos e intensificar as mobilizações pela desapropriação de áreas emblemáticas que estão ligadas, principalmente, a políticos envolvidos em esquemas de corrupção. Para além de fazer denúncias, como ocorreu em julho deste ano no país, os trabalhadores exigirão que estas áreas sejam destinadas à Reforma Agrária.

    “Temos a informação de que existem quase 300 deputados envolvidos em corrupção. Então a nossa obrigação é revelar à sociedade quem são verdadeiramente os políticos que ocupam o Congresso Nacional. Precisamos tirar a terra improdutiva do latifundiário e colocá-la nas mãos de quem tem compromisso com o cumprimento da sua função social”, afirma Ildo Pereira, dirigente nacional do MST pelo estado gaúcho.

    Fonte: NAOM


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